O diretor-geral da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim-ES, culposa ou dolosamente, mentiu para a sociedade sulina sobre os reais motivos dos fechamento da Maternidade do Hospital. Ele manteve a versão de que foi uma recomendação da Secretaria Estadual da Saúde sem mencionar que foi em decorrência da negligência e irresponsabilidade da sua gestão.

No dia 27 de dezembro de 2018, às pressas, a Secretaria Estadual da Saúde enviou ofício Nº 150/2008 ao superintende regional da Saúde de Cachoeiro de Itapemirim, Jair Ferraço Júnior, comunicando considerações para o fechamento da maternidade da Santa Casa, assinada pela subsecretária estadual para Assuntos de Regulação e Organização da Atenção à Saúde,Joana Barros de Jaeguer.

As negligência da diretoria da Santa Casa foram assim destacadas em documento:

1 - Considerando a manifestação do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim em não dar continuidade à realização de partos de Risco Habitual, conforme pactuado em Plano de Ação da Rede Cegonha/2012;

2 - Considerando a redução do número de leitos obstétricos pactuados à época de 14 (Quartoze) para 8 (Oito) leitos, não atendendo plenamente os municípios de referência, conforme pactuação; (gravíssimo)

3 - Considerando que outros hospitais estão absorvendo de maneira em desconformidade com a legislação vigente da rede (Muito grave);

Que por essas considerações, de negligência, com descumprimento de lei, a Secretaria da Saúde não pôde omitir a irresponsabilidade da Santa Casa para com as gestantes do sul para justificar o fechamento da maternidade e a composição para absorção do Hospital Infantil Francisco de Assis (HIFA) que naquela data já tinha ampliada as instalações para se torna a nova referência.

Além do mais, o padre omitiu da sociedade que bem antes dessa revelação, a diretoria da Santa Casa tinha entregado - não se sabe com base em que contrato - imóvel de patrimônio do hospital para a diretoria do Infantil construir as novas instalações da maternidade. Ou seja, havia todo um combinado e indução ao erro pela omissão das considerações que obrigavam a Secretaria do Estado da Saúde tomar a decisão óbvia, arrancar a maternidade da Santa Casa para evitar mortes de crianças como ocorridas recententemente na Maternidade de Guarapari, coincidentemente, sob a direção do Hospital Infantil de Cachoeiro-ES. 

As mentiras do padre com omissões no comunicado oficial da Santa Casa - de que era uma simples recomendação da SESA -  induziram ao erro alguns dos defensores públicos do episódio que resultou na expulsão do médico Roberto Bastos, ginecologista obstetra, ontem, pelo Conselho Deliberativo (sem valor legal), que vinha denunciando várias mazelas e defendendo o direito da Saúde da Mulher.

Um outro médico, braço direito do padre, do corpo clínico, vinha incentivando o médico Roberto Bastos a lutar pela reabertura da maternidade já que a Santa Casa recebia R$ 260 mil e o Hospital Infantil passou da noite para o dia receber R$ 750 mi de convênio com o Governo do Estado. E chamou o negócio de "treta". Mas, este caso é uma outra parte da história a ser revelada a  qualquer momento.

Vitimado por perseguição velada do padre, o médico Roberto Bastos está se manifestando de todas as formas para salvaguarda a sua honra e dignidade profissional de 30 anos como membro do corpo clínico da Santa Casa. Hoje, por exemplo, entrou na Santa Casa por não considerar a legalidade da truculência do Conselho Deliberativo que deliberou proibir o médico entrar nas dependências do hospital sem o devido processo administrativo.

O médico está lutando contra forças poderosas, inclusive, envolvendo interesses de empresas privadas que atuam por meio de OS´s na Santa Casa. 

Mais informações a qualquer momento desse momento triste da história da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim por conta de negligência e irresponsabilidade de sua direção. As mentiras vão virar caso de polícia, demandas judiciais e possíveis investigações por autoridades competentes.

CLIQUE AQUI E LEIA O DOCUMENTO (EM PDF)