A bebida mais brasileira, produzida desde 1530, comemora seu dia neste 13 de setembro, e o Espírito Santo, aos poucos, toma o protagonismo dessa história.

 

Segundo o Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral do Espírito Santo (Sindibebidas), o Espírito Santo é o 3ª maior produtor de cachaça, perdendo apenas para Minas Gerais e São Paulo.

 

São produzidos, em média, 50 mil litros de cachaça por ano no estado.

 

O mercado capixaba, ainda de acordo com o Sindicato, gera 3.600 empregos indiretos e outros 720 diretos.

 

“Exportamos para todo o Brasil mas, principalmente, para o sul da Bahia e o norte carioca. As mais refinadas chegam até a São Paulo, Belo Horizonte e Brasília”, explicou Adão Célia, capixaba, médico e produtor de cachaça.

 

O produtor conta ainda que a inovação tecnológica é o que mais ajuda o estado a alavancar suas produções. “Por muito tempo nossa bebida não recebia o valor devido, era tratada como um destilado inferior. Agora, empresários de outros ramos estão trazendo sua expertise e contribuindo cada vez mais para o refinamento da bebida”. 

 

O diferencial da bebida é a seleção especial das leveduras. “A cachaça capixaba tem acompanhado o movimento de inovação tecnológica que acontece em todo o Brasil. Por isso, investimos em uma seleção especial de leveduras, no armazenamento, na fermentação e em variedades de canas mais apropriadas, que deixam o sabor da cana capixaba muito mais leve”, disse.

 

Nos dias 5 e 6 de setembro, Vitória recebeu um dos maiores eventos de cachaça do país e Adão Célia foi um dos idealizadores do congresso que contou com debates, exposições, comercialização e inovações no setor.

 

“Só recebemos elogios pelo evento. O Salão da Cachaça ou Salão de Negócios e Congresso Brasileiro da Cachaça, é um dos principais eventos da bebida no Brasil, que acontece a cada dois anos. No Espírito Santo, o local ficou lotado em todos os dois dias e trouxe ânimo e ainda mais movimentação ao nosso setor”, disse.

 

A próxima cidade a receber o Salão da Cachaça será João Pessoa, na Paraíba. Até lá, produtores e comerciantes seguem firmes no propósito de valorização do produto.

 

“Contamos com uma série de diretrizes chamadas Carta da Vitória, uma forma de nos unirmos para padronizar nossas ações até o próximo encontro. A cachaça capixaba tem muito o que crescer e esperamos que ela continue a sair na frente de tantos destilados conhecidos, entre eles whiskey e vodka”, disse o produtor.