De janeiro a agosto de 2019 o número de jovens vítimas de homicídios dolosos ultrapassou a metade dos casos. Dos 631 casos registrados, 323 vítimas estavam na faixa etária de 15 a 29 anos, o que representa 51% do total. 

 

Ainda dentro dos números divulgados pela Gerência do Observatório da Segurança Pública do Espírito Santo, o número de vítimas negras ou pardas era de 457 (72% do total), sendo que 246 vítimas estavam na faixa etária de 15 a 29 anos e eram negras ou pardas (39% do total ou 76% das vítimas na faixa etária de 15 a 29 anos). 

 

De acordo com Atlas da Violência 2019, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil teve um aumento de 6,7% na taxa de homicídios de jovens entre 2016 e 2017. Sendo que, o Espírito Santo está entre os cinco estados com mais registros, com uma alta de 20,2%.

 

Segundo a secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, quando os dados de homicídios são analisados o recorte de 15 a 29 anos são os que mais sofrem violência letal. Daí a importância da instituição do Dia Estadual do Combate ao Extermínio de Jovens e trabalhar em cima desses números. 

 

“Existe uma lei estadual que institui a semana estadual da juventude. Quando isso ocorre ele declara o dia estadual de combate ao extermínio de jovens, que é lembrado em 21 de setembro, instituído por lei. Sendo assim, nós vamos fazer uma semana inteira, de 19 a 27 de setembro com ações em diversos municípios do Espírito Santo, em virtude da legislação estadual, com o objetivo de discutir o extermínio”, esclareceu. 

 

Organizada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos junto ao Conselho Estadual da Juventude (CEJUVE), a VIII Semana Estadual de Debate contra o Extermínio de Jovens, vem com o viés de dialogar sobre a violência contra os jovens

 

Ainda segundo Nara, o Atlas da Violência desde ano também diz de maneira geral que o Espírito Santo está entre os estados que possui a redução de homicídios jovens negros.“Isso se deve a um conjunto de políticas públicas com uma redução de homicídios dolosos desde o início do ano, a política do Estado presente tem sido importante. Nos crimes dolosos também tivemos redução, que também se deve ao estado presente, que integra o eixo policial com o social”, explicou.