O combate ao coronavírus acaba de ganhar mais um aliado: o Telecovid, um aplicativo para atendimento virtual gratuito de pessoas com sintomas de Covid-19, que pode ser acessado pelo celular ou pelo computador.

 

Pela plataforma, criada a partir de parceria entre profissionais de São Paulo e Espírito Santo e disponível para todo o Brasil, os pacientes com sintomas respiratórios ou suspeita de contaminação pelo coronavírus cadastram suas manifestações clínicas, doenças prévias e medicações em uso. A partir das informações, o sistema faz uma triagem e indica o risco de infecção e sua gravidade.

 

Casos de baixo risco recebem uma orientação automática da plataforma, enquanto as ocorrências de alto risco são direcionadas para o atendimento médico.

 

O aplicativo pode ser acessado gratuitamente em www.telecovid.com. “O Telecovid permite a triagem, o monitoramento, a teleconsulta e a gestão dos dados em tempo real. A ferramenta reduz a procura a postos de saúde e hospitais em até 95%, ajudando a evitar a transmissão do vírus e a sobrecarga do sistema de saúde. Os dados em tempo real permitem conhecer, em todo território nacional, os locais de maior gravidade e frequência dos casos, contribuindo para medidas de saúde pública”, analisa o cardiologista capixaba Jamil Cade, idealizador da iniciativa.

 

Voluntários

 

Cerca de 60 voluntários, entre médicos e estudantes de medicina supervisionados por médicos, já estão atuando no Telecovid.

 

Médicos que também desejem fazer parte do time de voluntários, atendendo aos casos considerados de alto risco na triagem, podem se cadastrar no site www.telecovid.com, na área QUERO SER HERÓI. A equipe do Telecovid entrará em contato com os inscritos para montar uma escala de atendimento, nos horários mais convenientes para cada voluntário.

 

Os atendimentos médicos, também gratuitos, são realizados todos os dias da semana, das 7h às 19h. Além disso, o usuário do Telecovid pode entrar em contato com os médicos da plataforma a qualquer momento e quantas vezes precisar para tirar dúvidas e relatar possíveis mudanças no quadro.

 

Nos casos graves, um profissional de saúde orienta o paciente sobre o que fazer. “Pacientes de alto risco são encaminhados para uma consulta com profissional de saúde, por telemedicina. Nessa consulta, cerca de 95% das demandas são resolvidas. Os 5% restantes são orientados a procurarem uma consulta presencial”, explica Cade.

 

Desenvolvido pela startup w3.care, uma empresa focada em soluções tecnológicas para área de saúde, o app também faz a gestão dos dados da pandemia em tempo real. mostrados em painéis operacionais e epidemiológicos. Entre as informações estão número de acessos à ferramenta, frequência de consultas, locais de ocorrência e gravidade do caso, além de sintomas e outros detalhes.