A morte do jovem Paulo Henrique Feu de Azevedo, de 30 anos, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (1º), no Pronto Atendimento Municipal Paulo Pereira Gomes, em Cachoeiro de Itapemirim, abre um ponto de interrogação sobre o protocolo de atendimento às pessoas acometidas pela Covid-19, assim como demais enfermidades, em Cachoeiro.

Na declaração de óbito de Paulo Henrique, emitida pelo Pronto Atendimento, consta que a causa da morte foi indefinida, e o corpo precisou ser encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro para a realização de necropsia.

A família do jovem reclama, pois, desde a semana passada, Paulo Henrique tem procurado atendimento médico nas Upas de Cachoeiro, já tendo sido atendido no Marbrasa e, por fim, no Paulo Pereira Gomes, no Baiminas, onde deu entrada às 13h de domingo (30), falecendo às 03h45 desta segunda-feira (1º).

Porém, em nenhum destes atendimentos o médico diagnosticou o rapaz com suspeita da Covid-19. Ele até chegou a fazer o teste rápido da doença, o qual teve o resultado negativo.

Mas mesmo não constando no óbito Covid-19 ou outra nomenclatura, como Síndrome respiratória aguda grave, que é a principal causa de mortes do novo coronavírus, o corpo do jovem teve que ser sepultado sem a realização de velório, com caixão lacrado, o que revoltou a família, que ainda não sabe o que ocasionou a morte de Paulo.

A família do jovem pede esclarecimentos do óbito e aguarda uma manifestação por parte da Secretaria Municipal de Saúde. Paulo tinha duas filhas e era morador do bairro KM 90, em Cachoeiro.