O governo do Espírito Santo liberou as atividades presenciais nas escolas a partir do dia 5 de outubro. Com a retirada da proibição do funcionamento, as atividades podem ser retomadas na escolas municipais do ensino fundamental I e II e também nas unidades particulares. A liberação vale para todas as etapas do ensino, do infantil ao médio.  As escolas estão fechadas desde março devido à pandemia da covid-19. Elas permanecerão fechadas apenas nos municípios que não estiverem com risco baixo de transmissão da doença, Só três cidades estão nesse estágio: Montanha, Piúma e São José do Calçado.

Segundo o governador Renato Casagrande, o retorno do ensino infantil será autorizado com um protocolo específico, que será divulgado na próxima terça-feira (29). A previsão é que as atividades para as crianças de creches e pré-escola deverão ser em pequenos grupos.

Já as escolas da rede estadual vão retomar as atividades no dia 13 de outubro, iniciando pelo ensino médio, em sistema de revezamento na presença dos alunos. O ensino fundamental II, do 6º ao 9º ano, retorna duas semanas depois. Em seguida, os anos iniciais do ensino fundamental, 1º ao 5º ano.

“Estamos retirando a proibição, desde que seja dada a opção para o aluno estar presente ou fazer suas atividades de forma remota. As escolas da rede estadual vão voltar com mais cautela, pois são muitos alunos: 230 mil na rede. As particulares têm número menor, pouco mais de 10% da rede estadual. Por isso estamos dados passos mais cautelosos”, explica Casagrande.

O secretário de Estado da Saúde, Nesio Fernandes, garantiu que a partir de outubro é seguro retornar as atividades escolares, porque o Espírito Santo está com 12 semanas de queda sustentada de óbitos, e desde 13 de julho com redução de casos graves e internados.

“Estamos reunindo todas as condições para uma retomada segura. Temos obrigação e dever de retornar de maneira gradual, progressiva e respeitando os protocolos. O risco de transmissão nesse momento é baixo pelo comportamento da doença no Espírito Santo, diferente do que ocorria em maio e junho”.

Sobre a cobrança de grupos que querem a retomada das aulas só depois de vacina, ele disse que não é possível. “Não haverá vacina para crianças e adolescente nem em um segundo nem um terceiro momento”, frisou.