A contaminação pelo novo coronavírus nas empresas atacadistas e distribuidoras do Espírito Santo está em baixa prevalência.

É o que mostra o inquérito sorológico realizado em duas etapas, nos meses de julho e agosto, pelo Sindicato do Comercio Atacadista e Distribuidor do Estado do Espirito Santo (Sincades) em parceria com a Universidade Vila Velha (UVV).

Segundo o levantamento, 53,2% das empresas atacadistas do Estado, ou seja, mais da metade delas, não apresentaram casos positivos do novo coronavírus entre seus colaboradores. Além disso, o inquérito também apontou que quase todos os colaboradores das empresas ouvidas – 90% dos entrevistados – conheciam os protocolos de segurança contra a COVID-19.

A insegurança quanto à proteção ao vírus também foi destaque da pesquisa e diminuiu entre uma fase e outra. Na Fase 1, 25% dos colaboradores declararam se sentir inseguros em relação à proteção à Covid-19. Já na Fase 2, este número caiu para 9%.

No total, foram testados 392 colaboradores para a detecção de anticorpos (IGG/IGM) do novo coronavírus, de 81 empresas atacadistas e distribuidoras do Espírito Santo. O estudo teve os seus custos arcados pelo Sincades, assim, as empresas puderam participar de forma voluntária e gratuita.

“Esses números mostram o quanto o setor atacadista se preocupou com o seu papel de garantir a distribuição no Estado sem descuidar da saúde e da proteção de seus colaboradores. Protegido no trabalho, o colaborador se protege em casa, protege a sua família e contribui para a diminuição dos casos”, explica o presidente do Sincades, Idalberto Moro.

Casos se concentraram na Grande Vitória

Como nos inquéritos sorológicos realizados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), o inquérito também apontou que os casos positivos do coronavírus se concentraram nos funcionários de empresas localizadas na Grande Vitória.

Na Fase 1, a maior distribuição destes casos estava entre os empregados na idade de 20-29 e 30-39 anos, e a menor na faixa etária de 50-59. No entanto, na Fase 2, houve uma prevalência mais normalizada em torno de 10% em todas as faixas analisadas.

O estudo também mostrou que, dentre os casos confirmados, menos de 40% se mostrou assintomático na Fase 1. Já na Fase 2, este número aumentou para cerca de 50%.

“A pandemia ainda não acabou e esses dados servirão como norte para as próximas medidas a serem tomadas. Queremos colaborar também com as ações do Governo do Estado para continuar garantindo a integridade de cada colaborador do setor atacadista e distribuidor capixaba”, conclui Idalberto.