A operação se chama “YELLOW PRESS”, em alusão ao termo pejorativo norte-americano que significa em português “imprensa marrom”. O nome da operação foi escolhido para submeter seus alvos à execração pública.

Segundo fontes, haverá quebra dos sigilos, buscas e apreensões e a prisão ilegal do editor-chefe da Folha ES, jornalista Jackson Rangel. Tudo para calar, perseguir e inviabilizar o jornal que tem exposto diversos casos suspeitos de corrupção e outras má condutas da gestão PSB à frente do governo estadual.

A operação foi criada nos porões do Palácio Anchieta e nasceu de uma “denúncia anônima” de duas páginas, que os próprios mentores montaram. Criaram um álibi para não iniciar a operação sem motivo e não parecer mais estranho e anômalo do que já está.

As fontes dessa redação, relataram, que souberam da existência da operação diretamente pelo secretário de Governo, Tyago Hoffmann, e da secretária de Comunicação, Flávia Mignone. E afirmam que os próprios escolheram o nome da operação. A Procuradora-Geral do Ministério Público Estadual, Luciana Andrade, recebeu a tal “denúncia anônima” pelos Correios e requisitou inquérito policial ao Chefe da Polícia Civil, José Darci Arruda.

E qual é o crime da Folha ES para ser alvo dessa operação? Criticar e fiscalizar o governo? Exercer o jornalismo livre?

A Folha ES denunciou casos suspeitos de corrupção no governo e pediu investigações sérias e isentas. E também denunciou omissões e contradições das cúpulas do MP-ES e da PC-ES. Isso incomodou e ativou patrulha do establishment.

NOTA DO OPINIÃO ES

Nossa solidariedade a coirmã no jornalismo Folha ES e ao jornalista Jackson Rangel, por este momento sombrio, que vive a imprensa independente no Espírito Santo.

A censura ataca diretamente a liberdade de imprensa, infringindo o que determina a Constituição Federal em seu artigo 5: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

Importante ressaltar que, se há excessos ou possíveis erros nas matérias, existem, normas e dispositivos legais que garantem, aos que se sentirem lesados, a reparação por possíveis equívocos de qualquer veículo de comunicação. Mas o caminho arbitrário da censura não está entre essas possibilidades.

Essa postura é mais um passo do autoritarismo típico dos governos de esquerda. Aquilo que o Estado não compra, eles calam.

Mesmo assim, não conseguirá calar o jornalismo sério e independente. Seguiremos contra o establishment instalado no Espirito Santo, com o povo e pelo povo.

Alan Fardin Simonato – jornalista – registro 3841/ES