Charlene de Lenis Gonçalvez e Ysaquiele Júnia Gonçalvez foram mortas a facadas na última quarta-feira (15), em Marataízes. Michael Prates, ex-companheiro de Charlene é o principal suspeito do duplo feminicídio e está preso.

 

 

 

Segundo os parentes das vítimas, houve dificuldade para a liberação, velório e enterro dos corpos.

 

 

 

SEM MÉDICO LEGISTA NO SERVIÇO MÉDICO LEGAL DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES

 

 

 

Os corpos de mãe e filha só foram liberados na sexta-feira (17), dois dias após o crime.

 

“Elas ficaram quinta e sexta no rabecão. Elas apodreceram, pois não colocaram na geladeira. Não teve como fazer o velório”, contou o irmão de Charlene.

 

 

 

 

FAMILIARES PRECISARAM AUMENTAR A COVA COM AS PRÓPRIAS MÃOS

 

 

 

Durante o enterro, no Cemitério Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, no bairro Coronel Borges, a família viu a necessidade de aumentar a cova.

 

 

“Eu, meu primo, um amigo e meu pai tivemos que cavar a sepultura para poder enterrar elas. Eu penso: ‘como uma família suporta isso?’ É muita humilhação. Até depois de mortas elas sofreram. A família também”, desabafou o irmão.

 

 

 

 

 

“JUSTIFICATIVAS”

 

 

 

 

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim está com reforma em andamento e a previsão é que a obra dure cerca de cinco meses. Por enquanto, as necropsias continuam sendo realizadas no próprio SML e, quando a reforma ocorrer especificamente na Sala de Necropsia, este serviço será transferido para uma sala na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marbrasa, disponibilizada pela Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim e pronta para uso do SML. 

 

 

 

 

A Secretaria de Manutenção e Serviços de Cachoeiro informou que não houve nenhuma intercorrência durante o sepultamento das vítimas e que foi prestada toda a assistência necessária à família. O sepultamento, inclusive, ocorreu após o horário de atendimento do cemitério municipal, que é até às 17h.