Quando, aos 30, o seu casamento chegou ao fim, Katie Page sabia que queria fazer algo de diferente que mudasse a sua vida.

Assim, comprou uma casa, mudou de emprego, mas havia algo que continuava a faltar. Semanas depois de estar na casa nova, a mulher recebeu um email da igreja da sua comunidade questionando-a sobre a sua disponibilidade para acolher crianças na sua casa.

Katie assume que no início a ideia a assustou, mas ao mesmo tempo sentiu-se desafiada como nunca antes na vida. Em 2015, decidiu então avançar com a ideia e não só estava disposta a acolher uma criança como em tornar isso em algo mais definitivo, ou seja, em adotar.

Após a decisão, Katie recebeu um rapaz com quatro dias de vida que havia sido abandonado no hospital. O menino, que não tinha nome, apresentava vestígios de droga no organismo mas estava bem de saúde.

Durante os 11 meses seguintes, Katie acolheu Grayson, enquanto os serviços sociais procuravam os seus pais biológicos, coisa que nunca aconteceu. Assim, a adoção tornou-se oficial e Katie já podia chamar o menino de filho.

Duas semanas depois, a mulher recebeu uma nova chamada para saber se poderia acolher uma menina, também com quatro dias de vida. Apesar de renitente, o seu coração disse-lhe para dizer que 'sim'.

Quando recebeu a criança, Katie apercebeu-se de algo que a viria a levar a querer saber mais sobre a família da menina. Em causa estava o facto de ter na sua pulseira do hospital, o mesmo nome que tinha Grayson, quando o conheceu. As suas suspeitas viriam a confirmar-se e as duas crianças eram, afinal, irmãos.

Katie confrontou a mãe das crianças, que o confirmou, e que na impossibilidade de os criar, concedeu a Katie essa missão.

E a história de que o Mirror dá conta não se fica por aqui. Treze meses depois do nascimento de Hannah, a mãe biológica das crianças teve um terceiro filho. 

Katie está também a acolher esta criança que espera, em breve, possa ser adotada, para assim completar a sua família.