A diabetes é um problema de saúde pública originária, muitas vezes, da forma como as pessoas vivem e dos hábitos que têm. 


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência da doença tem aumentado nos últimos anos. 


Em 2010, cerca de 34,9% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos apresentava diabetes ou pré-diabetes e cerca de 43,6% dos casos não estavam diagnosticados.


A diabetes é responsável por várias complicações que diminuem a qualidade de vida, podendo provocar a morte precoce. 


É uma doença que não tem cura. No entanto, o avanço nos tratamentos e a compreensão da doença permitem aos diabéticos levar uma vida praticamente normal. 


Muitas vezes, o cuidado com a alimentação e a prática regular de exercício são suficientes para evitar a doença ou para a manter controlada.

Na verdade, existem três tipos de diabetes: tipo 1, tipo 2 e diabetes gestacional. 


A maioria das pessoas possui diabetes do tipo 2, que ocorre quando o corpo não usa bem a insulina e não consegue manter o nível de açúcar no sangue estável, de acordo com o CDC.


Já o diabetes tipo 1 é muito menos comum – apenas cerca de 5% dos diabéticos tem esse tipo. 


Trata-se essencialmente de uma doença auto-imune em que o corpo deixa de produzir insulina (e, como tal, não consegue regular o açúcar no sangue).


E a diabetes gestacional ocorre em mulheres grávidas. Em regra geral a patologia desaparece após o parto, mas pode aumentar a probabilidade de desenvolver o tipo 2 mais tarde, de acordo com o National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK).


Todos os três tipos de diabetes podem ser facilmente detectados através de um exame de sangue. 


O teste, essencialmente, verifica se a glicose na corrente sanguínea (também conhecida como açúcar no sangue) está excessivamente alta.


Cinco sintomas de diabetes


1. Está constantemente com vontade de fazer xixi


“Quando há açúcar a mais na corrente sanguínea, o corpo instintivamente tenta se livrar desse excesso”, explics Mary Vouyiouklis Kellis, endocrinologista da Cleveland Clinic (EUA), também à CNN. “A água segue o açúcar, então acaba por ter uma grande perda de urina”, completa.


2. Não para de beber água

 

Ao urinar constantemente, a desidratação é uma possibilidade muito real. 

E, para piorar a situação, “alguns pacientes que não sabem que têm diabetes saciam a sede com bebidas açucaradas como refrigerantes ou sucos, o que por sua vez aumenta o açúcar no sangue”, diz Goundan. Os sinais de desidratação incluem urina de cor escura, perda de peso e sede extrema.

 


3. Sofre de mau hálito


A desidratação relacionada à diabetes contribui para a secura da boca e para o mau hálito que pode acompanhá-la. “Afinal, com a boca seca, não há saliva suficiente para lavar as bactérias e equilibrar o pH da boca”, salienta Kellis.


Adicionalmente, a diabetes não diagnosticada ou descontrolada pode gerar cetose. Trata-se de um processo no qual o corpo usa a gordura, em vez de glicose, como energia. 


“A cetose liberta um subproduto químico chamado cetonas, que pode fazer com que o hálito cheire extremamente mal ou que tenha um aroma doce ou frutado”, diz. 


Às vezes pode até cheirar a acetona, já que é um tipo de cetona.


4. Sente os pés e as mãos dormentes


Neuropatia – uma condição caracterizada por dormência ou sensações estranhas, como alfinetes e agulhas nos braços, pernas, mãos e pés – ocorre em mais da metade das pessoas com diabetes tipo 2, de acordo com uma revisão do periódico Diabetes Care 2017.


“A diabetes reduz o fluxo sanguíneo para as extremidades e, ao longo do tempo, danifica os vasos sanguíneos e nervos”, diz Kellis.

 

5. A sua visão está cada vez mais turva


A visão turva é um sintoma comum e frequentemente ignorado sobretudo nas mulheres. 


O que a diabetes tem a ver com a visão? Kellis explica que pode formar-se um fluido na lente do olho quando os níveis de açúcar aumentam. 


Esse fluido pode ‘borrar’ a visão, causar miopia e a necessidade de usar óculos ou lentes de contato. “Felizmente, controlar os níveis de açúcar no sangue faz com que a visão turva volte gradualmente ao normal”, acrescenta.