Um ataque norte-americano ao Aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou ao menos oito pessoas, entre elas, o principal alvo dos Estados Unidos, o general iraniano Qasem Soleimani, um dos homens mais importantes do Irã. Embora o governo americano tenha mencionado uma invasão à sua embaixada no Iraque como justificativa para a ação, episódios recentes vinham aumentando a tensão envolvendo o Irã de um lado e Estados Unidos e Iraque de outro.

Qasem Soleimani era o chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds, a tropa de elite do exército iraniano apontada como responsável pela invasão à embaixada americana em Bagdá no início da semana.

Embora o Irã negue participação na invasão, nota emitida pelos americanos diz que "Soleimani estava desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região" e que, por isso, a resposta teve como objetivo "impedir futuros planos de ataque iranianos"

O Irã é hoje uma potência regional suspeita de armar e financiar grupos armados para desestabilizar Iraque, Síria e Líbano. No Iraque, esse papel é exercido desde 2014, depois que o Irã ajudou a expulsar o Estado Islâmico do país sob as bênçãos dos Estados Unidos. As milícias iranianas, no entanto, decidiram ficar no país, irritando iraquianos e americanos. Em protesto, dezenas de iraquianos tentaram incendiar a sede do Consulado do Irã em Carbala, a 85 km de Bagdá, em outubro passado.