Um fato polêmico aconteceu recentemente em Madrid, na Espanha. Jesús Luis Barrón López, que é professor de biologia há 25 anos, foi pego de surpresa ao ser criticado e suspenso da escola em que dá aulas, por ter dito durante a explicação de uma matéria, que só existem dois sexos.

 

 

 

A declaração de López foi compreendida por algumas pessoas, incluindo alunos, como uma atitude homofóbica. O professor deixou claro que não se referia a gênero ou opção sexual, mas sim ao sexo biológico que todos os seres vivos possuem, existindo apenas o feminino e o masculino.

 

 

 

Não adiantou se explicar e o Instituto Público de Alcalá de Henares decidiu suspender o professor por ter feito declarações homofóbicas, racistas e machistas com a aula que gerou polêmica.

 

 

Jesús chegou a se defender, pediu desculpas a quem possa ter se sentido ofendido com a declaração e afirmou que sentiu que foi punido por ter dito algo óbvio como “a terra é redonda”, sem qualquer oura finalidade que não fosse a própria afirmação.

 

 

A aula que gerou tamanha polêmica era justamente sobre sexualidade. O professor falava sobre os sistemas reprodutores e afins. A matéria do dia abordou a formação dos cromossomos e o professor explicou que, mesmo que uma pessoa mude de sexo com o tempo, o cromossomo continua sendo o mesmo que essa pessoa nasceu, já que não é possível alterar o DNA.

 

 

A escola conferiu autorização prévia para a aula sobre o assunto e depois declarou que a suspensão se deu após alunos e pais de alunos se queixarem da forma como o mestre de biologia havia se referido aos dois sexos existentes, pois sentiram que isso excluiu as diferentes opções de gêneros utilizadas hoje em dia.

 

 

O caso chegou até o Conselho de Educação de Madrid e felizmente, Jesús recebeu apoio da instância superior, que deixou bem claro que: “nas salas de aula você aprende o que o currículo diz que você tem que aprender. Portanto, não queremos nenhum tipo de doutrinação.”

 

 

Mesmo assim, o professor segue suspenso da escola, pois a diretora da instituição o considera uma persona non grata.