O assassino de quatro pessoas na Tanzânia, sendo três policiais e um segurança particular, e que depois foi morto a tiros, era um “terrorista islâmico”, afirmou a polícia local nesta quinta-feira (2). Ele foi identificado como Hamza Mohamed, segundo o portal Africa News.

As investigações revelaram que o responsável pelo atentado do dia 25 de agosto na capital do país africano, Dar es Salaam, dedicava grande parte do seu tempo a pesquisar na internet sobre incidentes de organizações extremistas, como os cometidos pelo grupo Al-Shabaab na Somália e em Moçambique, além de atos reivindicados pelo Estado Islâmico (EI).

Mohammed fez disparos contra os policiais com uma pistola em um cruzamento antes de pegar seus rifles e seguir para a embaixada francesa, onde atirou em um segurança e, posteriormente, foi abatido.

O atirador estudava atos de grupos insurgentes islâmicos em páginas radicais nas redes sociais (Foto: Twitter/Reprodução)

“Nossa investigação descobriu que Hamza era um terrorista”, disse Camilius Wambura, diretor de Investigação Criminal (DCI), a repórteres da imprensa local.

De acordo com a autoridade, o atirador acessou conteúdo extremista de páginas de rede social que retratam atos terroristas de grupos islâmicos Al-Shabaab e EI. “Ele também mantinha contato com outras pessoas que vivem em países com atos relacionados ao terrorismo, mas principalmente estava aprendendo por meio de páginas radicais de mídia social”, acrescentou Wambura.

Wambura disse que Mohammed era “um tipo de terrorista que está pronto para morrer por sua religião”, embora ele não tenha citado nenhuma crença específica.

Na sexta-feira passada (27), foi prestada uma homenagem às vítimas do tiroteio. A cerimônia contou com a presença de dezenas de policiais, políticos e pessoas da comunidade.

No Brasil

Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.