A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou nesta quinta-feira, 23, a lei de Nova York de 1913 que requeria que uma pessoa comprovasse a necessidade legítima de defesa pessoal para receber permissão para o porte de armas em público e impedirá os estados de restringir o direito das pessoas a possuir armas. A decisão foi vencida por seis favor a favor contra três oposições. O presidente Joe Biden se declarou “profundamente decepcionado” com a decisão, que “contradiz tanto o senso comum como a Constituição”, afirmou. Essa mudança vem em um momento em que o país vive uma epidemia de crimes com arma de fogo e o senado debate formas para restringir o acesso a armas e que os senadores lançaram um projeto de lei bipartidário para limitar o acesso às armadas de fogo.

“A decisão de hoje é uma vitória decisiva para os homens e mulheres de bem de todos os Estados Unidos e é o resultado de uma luta de décadas liderada pela NRA”, disse o vice-presidente-executivo da entidade lobista, Wayne LaPierre, em comunicado. Apesar dos crescentes apelos para limitar as armas de fogo após dois novos massacres que comoveram o país em maio, a alta corte se alinhou aos que argumentam que a segunda emenda da Constituição garante o direito de possuir e portar armas desde 1788. Essa é a primeira decisão da Suprema corte em uma década para falar sobre a Segunda Emenda – que garante legítima defesa. “O direito à legítima defesa e de defender a família e os entes queridos não devem se restringir ao lar”, declarou LaPierre.