Incomodada com a população em situação de rua que fica no entorno do prédio onde mora, na rua Amaral Gurgel, na região central de São Paulo, a síndica do condomínio contratou um serviço para orientar que essas pessoas não ficassem perto da entrada do edifício.
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Pois, o prédio fica também a dez minutos da região paulistana conhecida como Cracolândia, onde pessoas se concentram para consumir drogas. No Brasil, quase 222 mil pessoas vivem em situação de rua, segundo dados divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em março deste ano. Desses, 52% estão nas ruas, os demais em abrigo.

Mas, os moradores do prédio, que conversaram com a reportagem de Universa sob condição de anonimato, contaram que há dois meses foi deixado um abaixo-assinado na portaria do edifício —ao qual Universa teve acesso. E que deveria ser assinado por quem estivesse, segundo o texto, “de pleno acordo com a cobrança de taxa extra junto a cota condominial. Para a contratação de segurança particular para manter a segurança do local e o bem-estar dos moradores deste condomínio”.

Condomínio contrata serviço de retirada de morador de rua para prédio em SP.

O documento, assinado por 33 pessoas que concordaram com a cobrança, de um total de 90 apartamentos, aponta ainda que essas pessoas em vulnerabilidade social, além de sujeira, geram desvalorização no preço dos imóveis da região.
Uma das moradoras disse conhecer Alexandre Silva, citado na cota condominial. A contratação de segurança privada para uma rua custa em média R$ 2.011,25, segundo o site Zap Imóveis.

Mas, outra moradora conta que, numa conversa telefônica com a síndica, questionou o nome da empresa de segurança.
“Intenção foi das melhores” Universa questionou a administradora do edifício e a advogada que representa o prédio sobre qual seria a função do profissional contratado. Já que o abaixo-assinado fala em “segurança” e a cota condominial usa o termo “retirada de morador de rua”.