Nesta quarta-feira (8), o Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciou o pastor José Olímpio da Silva, da Assembleia de Deus de Alagoas, pela prática de crime de homofobia contra o ator e humorista Paulo Gustavo.

 

 

 

Segundo a denúncia, o religioso discriminou e incitou o preconceito, utilizando-se de elementos referentes à orientação sexual ou identidade de gênero.

 

 

 

Em uma publicação nas redes sociais, o pastor disse que iria orar pela morte do humorista, enquanto ele ainda estava internado em estado grave com a Covid-19.

 

 

 

Para o promotor do caso, é notório o alcance da incitação. “Além disso, o momento da incitação trouxe muito mais gravidade ao crime, isso pois feito enquanto o mundo sofria com as mazelas da pandemia, e milhões de famílias enfrentavam a morte dos seus.”

 

 

 

O pastor José Olímpio foi denunciado por “crime tipificado no art. 20 da Lei 7.716/1989 praticar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional- racismo”.

 

 

 

No post polêmico, que causou toda essa repercussão negativa, o pastor escreveu: “Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza? E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”.

 

 

 

Olímpio apagou a publicação dias depois e publicou uma nota reconhecendo seu erro e colocando o seu cargo de pastor à disposição do Conselho de Ética da igreja: “Quão tolo eu fui! Por ter escrito a sandice que escrevi, mesmo sem no meu intimo desejar a morte de ninguém, pois apesar de minhas fraquezas, sou um cristão convicto. Peço mil vezes a todos: DESCULPAS, DESCULPAS, DESCULPAS”.

 

 

 

“Evidenciando o reconhecimento do meu erro, digo que voluntariamente pus minhas funções à disposição da Mesa Diretora da Convenção dos Ministros da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado de Alagoas e estou solicitando ao Conselho Consultivo e de Ética da mesma a análise do caso, ponho-me à disposição do mesmo para que me sejam aplicadas as penas previstas nas normas estatutárias e regimentais”, diz outro trecho da nota.

 

 

 

 

O ator e humorista Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros morreu aos 42 anos, no dia 4 de maio.