Haviam placas que separavam banheiros para juízes e promotores e promotoras e juízas, em cada andar. Para os cidadãos, só banheiro no 1º andar. O advogado Carlos Eduardo Lyrio demonstrou indignação.

Os banheiros foram pontos de polêmica no Fórum de Cachoeiro de Itapemirim-ES. Até recentemente, existiam placas indicativas, segregadoras que separavam juízas e promotoras e juízes e promotores dos demais cidadãos. Cada andar tinha banheiros para as autoridades, separados por gênero, proibindo o cidadão de acessá-los. Só no 1º andar havia banheiros públicos. É uma inversão de lógica: a justiça é um serviço público e, como tal, o cliente e chefe são os que pagam esse serviço com seus impostos. Ou seja, o povo.

O advogado Carlos Eduardo Lyrio (foto) foi um dos que se manifestou junto à ouvidoria judiciária contra essa violação ao princípio da igualdade, levando a diretoria da Comarca retirar as sinalizações separatistas. Lembravam a divisão dos banheiros entre brancos e negros, pobres e ricos, dentre outras que abolidas em nossa marcha civilizatória. 


O assunto foi arquivado, segundo ciência dada ao advogado, considerando as providências tomadas pela direção do Fórum com a remoção das placas da discórdia no dia 10 de fevereiro.


A matéria já tinha sido apreciada pelos requerimentos do presidente da OAB-ES, José Carlos Rizk Filho e do presidente da Sub-Secção da Ordem de Cachoeiro de Itapemirim, Adílio Domingos dos Santos Neto. Essa foi a resposta do ouvidor desembargador Ewerton Schaber Pinto Júnior ao advogado que se indignou sobre o caso.