Há exatos 3 anos do assassinato da médica Milena Gottardi, o acusado de mandar matar a ex-mulher, Hilário Fiorot Frasson, foi exonerado nesta segunda feira (14). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DIO/ES), que retira Hilário do quadro de Pessoal da Polícia Civil do Poder Executivo Estadual pela prática de transgressões disciplinares.

 

Em junho de 2020, o Conselho Estadual de Correição (Consecor) no uso de suas atribuições e prerrogativas, decidiu  aplicar a penalidade máxima ao acusado, afastando Frasson da Polícia Civil.

 

No entanto, a exoneração foi oficializada pelo governador do estado, Renato Casagrande, na manhã desta segunda (14). Segundo o Portal da Transparência do Estado, Hilário recebia um salário de cerca de 5 mil reais.

 

Caso Milena Gottardi

 

No dia 14 de setembro de 2017, a médica Milena Gottardi foi baleada na cabeça quando saía do Hospital das Clínicas, em Vitória. No estacionamento, Milena e uma amiga  foram abordadas por um homem anunciando um assalto, que mesmo sem reagir, a médica foi baleada na cabeça.

 

Após ser socorrida em estado gravíssimo, Milena teve a morte cerebral confirmada às 16h50 do dia 15 de setembro. A família da médica autorizou a doação das córneas.

 

No dia 21 de setembro, Esperidião Carlos Frasson, pai de Hilário, é preso por suspeita de ser o mandante do crime. Além dele, o lavrador Valcir da Silva também foi detido, suspeito de ser o intermediário.

 

Após a prisão do sogro, foi divulgada uma carta escrita por Milena em abril, relatando os motivos da separação. No conteúdo da carta, a médica fala sobre o comportamento violento do ex-marido, Hilário Frasson, e as ameaças que sofria no relacionamento.

 

Na semana seguinte do crime e após a divulgação da carta, Hilário Fiorot Frasson é preso, na tarde do dia 21 de setembro. Antes da prisão, Hilário trabalhou normalmente na Polícia Civil. Hilário é suspeito de mandar matar a médica.

 

Milena deixou duas filhas, hoje com 5 e 12 anos.