O padre Diego Carvalho, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Guarapari, na Região Metropolitana da Grande Vitória, está sendo processado por um vizinho da igreja que está incomodado com o barulho dos sinos, que tocam cinco vezes ao dia.

O processo movido contra o padre, que também é pároco da Paróquia, foi assunto da missa do último domingo (14).

"Sinceramente, eu acho que nós estamos vivendo em uma sociedade muito complicada. Há dois mil anos os sinos tocam. Eu vou a várias cidades no mundo inteiro e sempre vi sino de igreja tocando. Se eu tiver que tirar o sino da matriz do Centro eu não ficou nessa cidade. Uma cidade que não cabe um sino de uma igreja. O sino toca 6h,9h,12h,15h e 18h. Ele toca um minuto. Se o sino de Guarapari tiver que ser desligado, nós vamos ter que calar o sino de todos os lugares", disse o padre durante a missa.

Nas redes sociais, a Paróquia lançou a campanha #EuSouaFavordosSinos e tem recebido apoio de vários moradores da região. Nesta segunda-feira (15) o padre Diego Carvalho agradeceu o apoio que tem recebido desde a notificação judicial em um comunicado na rede social.

"Neste domingo, recebi inúmeras mensagens, telefonemas e visitas, de pessoas que se fazem solidárias com a Igreja Católica. Agradeço a todos, e contem os senhores e senhoras com minhas orações. Se os sinos estão com os decibéis acima do permitido pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), a Igreja irá acionar a Empresa responsável pela manutenção do mesmo. Solicitarei ao jurídico da Igreja que acione as autoridades constituídas do município para que tome ciência da legislação da cidade, no que tange a permissão sobre o horário que os sinos podem tocar e o horário que os mesmos devem permanecer desligados", disse em trecho do comunicado na rede social.

Confira o comunicado na íntegra:

 

Padre do ES notificado por causas de sinos fez comunicado na rede social  — Foto: Reprodução

 

A reportagem procurou o padre nesta terça-feira (16), mas na Paróquia informaram que ele estava em reunião. Até o momento, a Arquidiocese de Vitória não se manifestou sobre o assunto.