Enviaram para a redação áudio do prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (PSDB) chamando o desembargador Pedro Valls Feu Rosa de "pilantra". O editor ficou surpreso com o material e decidiu não publicar na condição de jornalismo opinativo e analítico. As duas biografias são antagônicas. O chefe do Executivo Municipal é um prosador acusado de corrupção. O magistrado tem uma biografia alva como a neve com relevantes serviços ao Judiciário.

Pedro Valls Feu Rosa, desembargador desde 1994, foi presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) no biênio 2012/2013. Deve ser duro saber que tem político vomitando sobre a sua índole. Revanchismo pusilânime. Edson atribui a prisão dele não pela ilegalidade que cometeu e sim ao juiz que o encarcerou por dias em decorrência de fraude tributária, juntamente com outros. Edson Magalhães, por último, virou chacota com sua vida pessoal às avessas. Embora arquivado o caso, a cicatriz será sempre o estigma da sua vida.

CRÍTICA DE MAGALHÃES É ELOGIO

Ser xingado pelo prefeito de Guarapari pode ser considerado um bem maior para a vítima. Ele pertence à política fisiologista do toma lá dá cá. Alimenta uma máquina com a maioria dos dentes da engrenagem quebrada. Vaidoso, andou como garotão, esquecendo-se de governar, e o duro é precisar do deputado Theodorico Ferraço (PP) como conselheiro e conciliador matrimonial. Era necessário silenciar as intenções da companheira que sabe e viu demais durante sua trajetória de malfeitoria com dinheiro público.

Do outro lado, Feu Rosa foi o mais jovem desembargador do Espírito Santo, recebendo nota 10 do Conselho Nacional de Magistrados (CNJ) pela sua gestão moderna e inovadora, exemplo para o Espírito Santo e Brasil. Um escritor refinado com sensibilidade acima da media intelectual. Tem o respeito dos seus pares e do mercado jurídico com louvor. A critica de Magalhães como abonador partindo dele a uma das biografias mais irretocáveis do Espírito Santo.