Uma operação do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) foi iniciada na manhã desta quinta-feira (21) e investiga corretores que vendiam planos de saúde empresariais como se fossem individuais, entre outras irregularidades.

 

Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão pessoal e domiciliar na Grande Vitória, em residências dos suspeitos e nas sedes das empresas envolvidas nas fraudes. A operação é realizada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

 

Conforme o que já foi apurado na Operação Corretagem, esses corretores se utilizavam de empresas “de fachada” para registrar os beneficiários dos planos como empregados, através de falsificação de assinaturas em documentos comprobatórios do vínculo empregatício.

 

Além disso, superfaturavam as mensalidades, cobrando dos consumidores valores superiores aos previstos nos contratos celebrados com as operadoras de planos de saúde.

 

Em alguns casos, os suspeitos ainda deixavam de repassar as mensalidades às operadoras, de maneira que muitos beneficiários, quando precisavam de atendimento médico, eram surpreendidos com a informação de que seus planos estavam cancelados.

 

Segundo o MP-ES, foram comercializados, nessas condições, centenas de planos de saúde nos Estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Há indícios, portanto, da prática de crimes contra as relações de consumo, além de estelionato, falsidade documental e associação criminosa.