A intervenção judicial da Viação Itapemirim que parecia estar caminhando tão bem, acaba mudando os rumos da administração da empresa, tudo graças a um pedido do Ministério Público de São Paulo, que encaminhou nesta terça-feira (3), o pedido de afastamento do administrador judicial Eduardo Scarpellini ao Tribunal de Justiça de São Paulo.

 

Depois que a família Cola chegou requerer a decisão provisória pela impugnação da EXM Partners Auditores Independentes do processo de recuperação judicial da Viação Itapemirim, a 5ª Promotoria de Justiça de Falência, acabou se manifestando nos autos da ação cautelar pedindo o afastamento do atual administrador judicial.

 

De acordo com o Ministério Público de São Paulo – MPSP, existe uma evidência de um quadro de suspeição e imparcialidade por parte de Scarpellini e da EXM.

 

O Ministério Público de São Paulo – MPSP, chegou recomendar que uma nova assembléia de credores, seja realizada, afim de definir um novo administrador judicial. 


O atual administrador judicial da Grupo Itapemirim foi nomeado em julho de 2018, após o processo ser transferido da justiça do Espírito Santo para a de São Paulo. A primeira troca foi ainda no Espírito Santo.

 

No ano de 2016 a Viação Itapemirim entrou em recuperação judicial, juntos com as demais empresas do grupo. 


No mesmo ano, no mês de novembro, a empresa chegou ser vendida para os empresários de São Paulo, Camila de Souza e Sidnei Piva, o que até os dias atuais, vem gerando uma batalha judicial, entre os novos e os antigos sócios da empresa.

 

Em 17 de abril, foi aprovado então, o plano de recuperação judicial pelos credores. Com prazo de um ano para pagar as dívidas, a contar a partir do dia 14 de maio, data em que o plano de recuperação judicial foi aprovado, a Viação Itapemirim corre contra o tempo, afim de cumprir os prazos e cláusulas do plano.

 

 

INQUÉRITO POLICIAL


O Ministério Público de São Paulo ainda pontuou no mesmo parecer que vai pedir que seja aberto inquérito policial para apurar eventuais irregularidades cometidas pelos atuais controladores do Grupo Itapemirim apontadas em ação cautelar movida por Andrea Cola, neta de Camilo.
 

Nota oficial emitida pelo Grupo Itapemirim


“Com relação ao parecer do Ministério Público, proferido nos autos da medida cautelar pela senhora Andréa Cola, as recuperandas tem a informar que as matérias lá arguidas já foram objeto de petição juntada anteriormente nos autos da recuperação judicial, oportunidade que o próprio juízo recuperacional afastou os pedidos e acabou por manter a administradora judicial no cargo.”


A família Cola que já administrou a Viação Itapemirim e as empresas do grupo, informou que só iá se manifestar após a resposta do juiz em relação ao pedido do Ministério Público.


Vale lembrar que a Viação Itapemirim, segue operando em suas diversas linhas interestaduais normalmente, prestando um bom atendimento aos clientes que buscam a empresa para se locomover entre as cidades atendidas por ela.
Com informações: Ministério Público SP