O órgão máximo do Ministério Público Federal no Brasil, a PGR, reconheceu que a licitação do cerco eletrônico tem indícios fortes de direcionamento e corrupção. No parecer sigiloso, o Secretário Tyago Hoffmann é apontado como quem intermediou a trama criminosa.

Leia trecho do parecer sigiloso:

A PGR teve acesso ao pen drive a todas as outras provas da fraude licitatória. Viu indícios de crimes e mandou prosseguir com as investigações.

A Procuradora Geral de Justiça do MP-ES, Luciana de Andrade, foi na contramão desse entendimento: arquivou sumariamente a investigação, protegendo mais uma vez os membros do governo estadual. 

Como a Procuradoria Geral da República, lá em Brasília, tirou do bolso o nome do Secretário de Ciência e Tecnologia do Governo Estadual Tyago Hoffmann como um dos mentores dessa trama criminosa? 

Basta ler com olhar republicano, impessoal e honesto as provas robustas da fraude licitatória: o direcionamento e o superfaturamento apontado no parecer sigiloso é claro. 

Para não conseguir enxergar, é necessário muito esforço. Essa miopia da Procuradora Geral capixaba Luciana de Andrade vai ter que ser explicada em Brasília, sobretudo após esse parecer da PGR. 

A Procuradora capixaba já é vista com desconfiança por arquivar 100% das investigações contra membros do governo Casagrande, sem nenhuma diligência. 

 

Sua atuação ficou ainda mais questionável no caso da venda de sentenças do juiz Alexandre Farina, em que estranhamente não pediu apreensão de seu telefone, nem busca em sua residência e nem quebra do sigilo bancário. Parecia ter medo do que iria encontrar e quais autoridades seriam atingidas.

Ela só pediu a prisão dos juízes, advogados e empresários após as reportagens da FOLHA, pelo ambiente vergonhoso que se instalou quando descoberta a operação abafa.