O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela informou neste domingo, 6, que ordenou a prisão de 35 pessoas, que foram detidas pelas Forças Armadas do país por suposta participação em “grupos de terroristas armados narcotraficantes colombianos”, que são denominados como “tancol”, e que operariam no estado de Apure.

De acordo com a instância máxima do Poder Judiciário venezuelano, as decisões foram tomadas em duas diferentes audiências e respeitaram a Lei contra o Crime Organizado e o Financiamento ao Terrorismo. Segundo o tribunal, os 35 condenados foram enquadrados nos crimes de terrorismo e associação criminosa. Além disso, 12 deles também responderão por tráfico ilegal de armas, quatro por porte irregular de armas, e dois por contrabando agravado.

No último domingo, o chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, Domingo Hernández, garantiu que seriam mantidas as operações na região fronteiriça da Venezuela com a Colômbia, visando combater esses grupos durante “o tempo que for necessário”. Essas ações tinham sido anunciadas em outubro do ano passado pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Na ocasião, o chefe de governo informou ter ordenado os 500 comandantes das unidades táticas das Forças Armadas a elaborar planos para libertar o país de grupos “terroristas, armados, narcotraficantes da Colômbia”. Antes disso, em 30 de setembro, Maduro, sem demonstrar evidências, afirmou que os grupos “tancol” (acrônimo criado pelo governo) estão se infiltrando no país para ameaçar a “paz e a segurança” da Venezuela.