Porteiro e zelador, Gilvane Batista Silva, de 42 anos, foi brutalmente agredido por um desconhecido no meio da rua, enquanto caminhava entre um de seus trabalhos e o outro, no final da tarde desta quinta-feira (22/9) no Parque Amazônia, região sul da capital de Goiás.

Vídeo de uma câmera de monitoramento mostrou o momento que o zelador uniformizado tentou correr, mas acabou caindo no meio fio. As imagens revelaram que um homem de cabeça raspada e short, atacou o funcionário caído com chutes e pisadas na cabeça.

“Naquele momento, imaginei que eu não sairia vivo de maneira alguma, porque ele estava com intenção de matar. Ele ia me matar”, relatou Gilvane ao Metrópoles.

O funcionário agredido quebrou o nariz, teve cortes na boca e rosto. Além disso, a equipe médica está esperando seu rosto desinchar para examinar uma suspeita de afundamento dos ossos da face, próximo do olho.

“Estou sentindo muita dor, meu rosto está doendo muito, mas vai passar. Creio em um Deus que tudo pode, que vai me curar tanto das feridas do corpo, como do emocional”, disse o zelador.

 

Inesperado

Gilvane contou que aquela foi a segunda vez que viu o agressor de cabeça raspada na vida. Segundo o zelador, no plantão anterior havia avistado esse mesmo homem.

“Passei e ele me encarou, continuei andando. Lá na frente, olhei para trás e vi que ele estava parado olhando para mim”, lembrou o zelador.

No entanto, dessa vez Gilvane estava distraído no celular, quando foi surpreendido com um soco do agressor.

As imagens da câmera de monitoramento mostram um segundo momento da agressão, quando Gilvane já havia levado o primeiro soco e tentava correr para o prédio em que iniciaria o turno de porteiro. A distância entre um local e outro é de cerca de 1 quilômetro.

“Eu nunca esperava que ele fosse me agredir na rua daquele jeito, com aquela brutalidade. Tenho 42 anos de idade, nunca troquei tapa com ninguém, nunca passei por isso. O vídeo mostra que ele queria mesmo machucar meu rosto e minha cabeça”, completa o zelador, que trabalha na mesma região há seis anos.

Ele sequer imagina a motivação para ter sido espancado.

 

Procurado

A sessão de espancamento só acabou, quando moradores do prédio gritaram e desceram para ajudar o funcionário, que estava com o rosto bastante ensanguentado. Esses moradores ficaram tão preocupados em socorrer Gilvane, que nem se atentaram ao agressor, que deixou o local.

Uma equipe da Polícia Militar de Goiás (PMGO) foi chamada e esteve no local, mas o agressor não havia sido identificado até a última atualização desta matéria.