Um homem gravou vídeos onde tortura e espanca uma mulher a pauladas. Antônio Paulo Castilho Cardoso, de 37 anos, foi preso na noite desta quinta-feira (17) em Itaperuna, no Noroeste Fluminense.

O homem teve a prisão temporária decretada pela Justiça e vai responder por tortura e violência contra mulher, segundo a Polícia Civil.

Ele levou a vítima para uma área isolada do Centro da cidade, onde fez a gravação acima. O homem bate na mulher, que está seminua.

Em outro vídeo gravado dentro do carro ele obriga a mulher a citar nomes de pessoas com quem supostamente saiu. O casal estava junto há 16 anos e tem dois filhos.

Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu na segunda-feira (14) e a vítima saiu da cidade com medo de ser morta. Ela ainda não foi ouvida.

"Com essa prisão temporária de 30 dias a gente vai poder concluir toda a investigação. A vítima vai fazer o exame de corpo de delito e ser ouvida", disse Rodrigo Maia, delegado titular da 143ª Delegacia de Polícia.

O agressor se apresentou na delegacia com a presença de um advogado. Para a polícia, ele disse apenas que perdeu o aparelho celular, justificando que não seria dele a responsabilidade pelo fato do vídeo ter sido compartilhado em redes sociais.

A polícia fez buscas na casa do homem, mas nada foi apreendido.

Ministério Público no caso

O promotor de Justiça Marcos Davidovich, responsável pelo caso, disse em entrevista à Inter TV que o Ministério Pùblico soube do caso na manhã desta quinta-feira (17) e que, após receber imagens da tortura, iniciou diligências em parceria com a Polícia Civil e conseguiu o mandado de prisão temporária.

Segundo Marcos, a vítima tem direito a medidas protetivas.

“Por se tratar de violência doméstica, ela (vítima) tem direito a medida protetiva, de afastamento. Ou seja, ele não vai poder se aproximar dela mesmo depois de solto. Neste momento, a gente não se preocupa muito com isso porque ele está preso. Mas vamos terminar as investigações e estou convicto que vamos conseguir elementos sufucientes para entrar com a denúncia e pedir a prisão preventiva deleo”, afirmou.

Ainda de acordo com o promotor, a relação conjugal entre o suspeito e a vítima é um agravante que será utilizado para aumentar a pena.

"A forma pela qual a agressão foi feita é bastante atípica e chamou a nossa atenção. Foi por isso que tomamos uma medida drástica para evitar que situações como essa se repitam. Ele filmou o fato, que já é gravíssimo, e ainda divulgou o fato por meio da internet. É uma situação muito grave que deve ser reprimida de forma exemplar”, afirmou Marcos.