“Ele passou a mão na minha cabeça e disse: calma, vai dar tudo certo. Agora estou destruída”. 

O depoimento, dado ao G1 nesta quinta-feira (25), é da mãe de Kauani Cristhiny Rodrigues, sobre o que o suspeito de ter estuprado e assassinado a menina, de seis anos, disse a ela um dia após a criança ter sido retirada de casa, forçadamente, enquanto dormia.

Segundo Diana Soares Lira, de 34 anos, o suspeito, Rodrigo Sales, ficou a semana inteira fingido estar procurando Kauani. De acordo com ela, desde o começo a família alertou a polícia sobre a possibilidade dele estar envolvido no crime, já que ele foi o único que esteve na casa na quarta-feira (17), madrugada em que sua filha desapareceu.

Após relatarem aos policiais o sumiço na quinta-feira (18), um dia após o sumiço da criança, Diana explica que Rodrigo foi chamado na delegacia para depor. "Eu olhei para ele e implorei que dissesse onde a minha filha estava, porque eu estava sentindo que ele era culpado. Foi quando ele me olhou e disse que não sabia de nada e que eu a encontraria", desabafa.

Para ela, o que aconteceu com a filha foi 'monstruoso'. A mãe da menina explica que foi devido a suspeita de uma irmã, que bateu no criminoso implorando notícias da sobrinha, que o caso foi solucionado. A família, segundo relata, sempre ajudou Ricardo levando comida para ele.


Segundo a mãe, não houve festa alguma na casa do dia em que Kauani sumiu, na verdade, eles só estavam conversando e ouvindo música, e foi a primeira vez que Ricardo entrou no local. "Eu queria que tudo isso fosse um pesadelo e que eu acordasse e visse a minha filha do meu lado. Kauani estava bem alimentada, em uma cama quentinha, dentro da própria casa. O que mais dóis é saber que ela sofreu antes de morrer".