A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou cinco familiares de uma mulher que morreu com Covid-19 em abril. Durante o velório da vítima, os parentes abriram o caixão, acabaram contraindo a doença e não cumpriram as recomendações de isolamento social. O inquérito, concluído nesta quinta-feira (18), culminou na responsabilização dos envolvidos.

O caso aconteceu em Mário Campos, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ficou apurado que, durante o velório e enterro da senhora, que faleceu em decorrência da Covid-19 no dia 26 de abril, os parentes da vítima abriram o caixão e se expuseram ao risco de infecção ao coronavírus.

“Após este episódio, todos os parentes foram cientificados e assinaram terno de responsabilidade para cumprirem o isolamento social, de forma que de todos eles, que acompanharam o enterro, cinco testaram positivo para a Covid-19”, explicou delegado que conduz as investigações, Ricardo Cesari Oliveira.

Além da confirmação de que os cinco parentes foram infectados, também ficou comprovado que eles não cumpriram a determinação de isolamento social e, por isso, foram indiciados. O crime de infração de medida sanitária está previsto no artigo 268 do Código Penal e a pena é de detenção de um mês a um ano e multa – podendo variar caso o indiciado seja profissional da área da saúde.

Mortes confirmadas

Até a manhã desta sexta-feira (19), foram confirmados 26.052 casos de coronavírus em Minas, conforme dados da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais). Também foram registradas 600 mortes, sendo a maioria de homens.

A hipertensão continua sendo a principal comorbidade entre os óbitos registrados, seguida de doenças cardiovasculares e diabetes. Ao todo, 166 municípios mineiros já registraram mortes desde a chegada do vírus ao Estado.