Estelionatários estão começando a fazer vítimas cada vez mais cedo. Um adolescente, de 17 anos, é investigado pela Polícia Civil por aplicar um golpe de mais de R$ 500 mil em um empresário, de 48 anos.

 

 

A vítima disse à polícia que o suspeito afirmava trabalhar com leilões de obras de arte e induziu o empresário a entregar joias, uma coleção de relógios e fazer depósitos para comprar outros objetos que seriam leiloados. Mas os leilões nunca aconteceram, e o suspeito fugiu do País com o dinheiro.

 

 

O golpe se deu durante quase um ano. O empresário disse à polícia que conheceu o adolescente em um restaurante de Vitória por meio de um amigo em comum. Ele não teria conhecimento de que o rapaz era menor de idade.

 

 

Para conquistar a confiança do empresário, o adolescente pagava jantares em restaurantes caros, enviava imagens de obras de arte que ele supostamente leiloava e mostrava fotos em que aparecia até em países da Europa.

 

 

Em uma ocasião, a vítima depositou mais de R$ 20 mil para que o adolescente comprasse dois relógios para serem leiloados. A ideia era que os dois comprassem peças em sociedade e dividissem o lucro.

 

 

O adolescente disse que conseguiria arrecadar cerca de R$ 90 mil somente em um leilão, mas o dinheiro nunca apareceu.

 

 

Delegada Rhaiana Bremenkamp confirmou com a Polícia Federal que suspeitos saíram do Brasil usando passaportes. “A partir daí, eles comprariam juntos, mas só na cabeça da vítima. Possivelmente, o estelionatário só tirou dinheiro do empresário, não comprou nada e falava que ia vender”, explicou a delegada Rhaiana Bremenkamp, titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa).

Depois disso, o estelionatário propôs a compra de um lote de diamantes por R$ 70 mil, também para leiloar. Mas o suspeito disse à vítima que não houve oferta. O adolescente se ofereceu, então, para enviar tudo para Dubai, nos Emirados Árabes. A vítima entregou diversas joias, como anéis de esmeralda, turmalina e rubi, pulseiras de ouro e 18 relógios. O prejuízo passa de R$ 500 mil.

 

 

A cartada final aconteceu em novembro, quando o suspeito pediu à vítima que fizesse uma compra de R$ 416 mil para que ele pagasse depois, mas desta vez o empresário não aceitou.

 

 

Foi aí que o adolescente e o amigo que os apresentou desapareceram. A delegada confirmou com a Polícia Federal que os suspeitos viajaram para o exterior usando os passaportes, mas o paradeiro não foi divulgado para não atrapalhar as investigações. Até o momento, os acusados não foram localizados.