A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de um escritor de 61 anos, morador de Vitória, suspeito de organizar ataques e recrutar pessoas pelo Whatsapp. 

Foram apreendidos um CPU de computador, três notebooks e 28 HD’s externos, além de um revólver calibre 38.

O escritor, que também é engenheiro civil aposentado e psicólogo, escreveu em um grupo que estava “contratando pessoas para matar pessoas em um shopping no Estado, sem definir qual, na hora do ‘rush”, segundo o delegado Brenno Andrade.

De acordo com informações de Andrade, o suspeito tinha em mente, fuzilar o máximo de pessoas. “Era essa a ideia dele publicada através de mensagens. 

Uma pessoa viu a postagem e procurou à Polícia Federal, que confeccionou uma investigação, remetendo o caso à Polícia Civil, por acreditar que não se tratava de terrorismo. 

Quando o caso chegou aqui, entendemos por bem um mandado de busca e apreensão na casa dele. Além disso, em várias postagens na rede social dele, ele chama os criminosos de Suzano de heróis”, contou Andrade.

Ao chegar na residência do escritor, foi constatado que ele estava viajando com a esposa em passeio na Alemanha. No local, os policiais encontraram um revólver calibre 38, sem registro no nome do suspeito. 

“O filho dele foi convidado a comparecer na delegacia para prestar esclarecimentos. Disse que o pai fazia essas postagens para saber a reação das pessoas, se havia impacto ou não. Disse também que ele provocava pessoas de direcionamento político de direita e esquerda”, contou.

Andrade explica, que como o escritor fez uma apologia aos criminosos de Suzano, o escritor também pode ser indicado no Artigo 12, da Lei do Desarmamento. Ou seja, será autuado por posse por arma de fogo e por apologia ao crime. “A princípio não será pedida a prisão dele. Não tem problema se o filho o avisar da prisão. Vou indiciá-lo quando ele voltar”, informou.


O delegado esclarece que as ameaças ainda que sejam “de brincadeira” podem motivar possíveis ataques. “Ele escreve muito bem. Narra que planejou o atentado e depois desistiu. Ele relata que as armas estariam no carro. O filho dele diz que é só uma história, mas eu não vou pagar pra ver, afirmou o delegado que atua no caso.