Três pessoas de uma família foram presas na tarde desta sexta-feira, 18, com 40 cães e sete gatos dentro de casa, na região de Meaípe em Guarapari.

 

A Polícia investiga a venda de linguiça e carne de cachorro pela família que ocorreria na cidade.

 

A operação conjunta da Polícia Militar, Polícia Civil com o apoio do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), ocorreu após diversas denúncias de que os animais passavam fome, gritavam e eram mortos.

 

O casal e a filha foram detidos e presos levados para a delegacia de Guarapari.

 

De acordo com o delegado Marcelo Santiago, da Delegacia de Infrações Penais e Outras (DIPO), eles vão responder pelos crimes de maus tratos a animais, posse ilegal de animais silvestres – na casa também havia um papagaio sem registro – e pelo crime de comercialização de produtos inapropriados para o consumo humano.

 

“Recebemos várias denúncias de que uma família mantinha diversos cachorros em casa e que abatiam esses cachorros e que também vendiam a carne e fabricavam linguiças e vendiam parte de carne em feiras públicas. Hoje nós fomos ao local, juntamente com a Tenente Clícia da PM e nos deparamos com dezenas de animais subnutridos, muita sujeira, sem alimentação disponível. A filha do casal, tentava desviar o foco dos policiais de um cômodo específico, e foi nesse cômodo, uma espécie de porão que foi encontrado os restos mortais dos animais”, disse o delegado.

 

Para a tenente Clícia Coelho do 10º Batalhão da Polícia Militar foi há aproximadamente um mês que as denúncias chegaram.“Nós recebemos a denúncia de que umas senhoras estavam matando animais durante a madrugada e comercializando a carne de cachorros na feira”.

 

“Tinha animais mortos no porão da residência, o tempo todo elas negando que não tinha e tentando impedir a entrada no porão, porém nós sentimos um cheiro insuportável lá, vindo de dentro do porão, encontramos alguns sacos com animais mortos. Nós pedimos apoio à prefeitura, à Zoonoses, para poder recolher todos esses animais e começamos a ver os indícios de que essas carnes poderiam estar sendo comercializadas, juntamente com diversas denúncias no 181, no 190”.