A casa de uma advogada foi alvo de tiros na noite de sexta-feira (9), no Centro da cidade de Iúna. O atentado seria uma represália a ação trabalhista ajuizada pela advogada, segundo o presidente da OAB-ES.

De acordo com a Polícia Militar, a advogada contou que estava na sala acompanhada do marido e da neta, quando os tiros atingiram a residência. Os disparos destruíram os vidros da sacada  e também objetos do interior. Ao todo, sete tiros acertaram a casa.

Tanto a advogada quanto a família dela conseguiram escapar sem ferimentos. Moradores das redondezas disseram aos policiais que os tiros foram realizados por dois homens que estavam em uma moto. A Polícia Militar realizou buscas pela região mas nenhum suspeito foi detido.

Represália

No site da Ordem dos Advogados do Brasil - Espírito Santo (OAB-ES), o presidente José Carlos Rizk Filho disse que há suspeita de que o atentado esteja relacionado com a prática da advocacia trabalhista. O presidente também ofereceu o serviço de segurança para a advogada.

"Existe uma grave suspeita de que o fato de ela ter ajuizado uma ação trabalhista possa ter culminado nesses fatos extremamente graves. A advocacia não tem medo e não vai se calar. Não existe esse tipo de intimidação. Nós oficiamos o governador e o secretário de Segurança para que haja uma apuração imediata desses fatos”, descreveu.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou uma equipe foi até a casa da advogada, onde realizou levantamentos de informações. A residência também foi periciada e as vítimas prestaram depoimento na Delegacia Regional de Venda Nova do Imigrante. Até o momento não há detidos e detalhes dos levantamentos não serão divulgados para preservar a investigação.