Uma imagem da câmera de videomonitoramento da loja onde um médico psiquiatra apontou uma arma para um funcionário após se recusar a colocar a máscara de maneira correta registrou o momento da ameaça.

O caso aconteceu no dia 8 deste mês em Vitória. O médico usava a máscara de forma inadequada, deixando o nariz de fora. Segundo o vendedor, após pedir que o homem ajustasse a proteção, Bernardo apontou a arma na altura do peito dele.

O uso de máscaras é obrigatório em todo Espírito Santo desde maio do ano passado. Segundo uma testemunha que estava no local, ao ser confrontado, o psiquiatra disse que não cumpre leis.

Um inquérito policial foi instaurado e Bernardo Santos Carmo é investigado por ameaça e possível porte ilegal de arma.

O médico seria ouvido pela Polícia Civil nesta segunda-feira (21). Porém, a pedido da defesa dele, o depoimento foi adiado e deve acontecer ainda nesta semana.

Em entrevista, o médico disse que não usava uma arma de verdade e sim uma réplica arma utilizada no airsoft.

O caso está sendo investigado pelo 3º Distrito de Polícia de Vitória. O delegado Agis Wilson Macedo Filho afirmou que já pediu à Polícia Federal informações sobre a existência de porte de arma para o psiquiatra, e que o médico deverá apresentar, na delegacia, a arma que apontou para o atendente.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) disse que não vai apurar o caso porque trata apenas de questões éticas relacionadas ao exercício profissional.