O policial militar que aparece em um vídeo agredindo mulher com socos e joelhadas em Guarapari, no Espírito Santo, foi afastado do trabalho.

Segundo a Polícia Militar, um inquérito policial militar foi aberto para apurar o caso. Outro agente que aparece no vídeo também foi afastado.

O prazo para conclusão do inquérito, segundo a PM, é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20.

Nas imagens, um policial agride a mulher com joelhadas e socos. Mesmo no chão e imobilizada, o policial ainda deu um tapa no rosto da mulher. O caso aconteceu no último sábado (25), no bairro Lameirão.

Segundo a Polícia Militar, os policiais foram dar apoio ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) porque a mulher estava em surto e agressiva e seria internada.

Assim que a PM tomou conhecimento das imagens, a Corregedoria abriu o inquérito para apurar o fato e a conduta dos policiais. A PM não divulgou os nomes dos policiais envolvidos na ocorrência.

O governador Renato Casagrande (PSB) falou sobre o caso em uma rede social e disse que determinou "apuração rigorosa e providências imediatas".

 

"Inaceitável. Determinei ao Comando-Geral da Polícia Militar a apuração rigorosa e providências imediatas referente aos fatos registrados em Guarapari, no último sábado, que tiveram os vídeos divulgados hoje. A conduta em evidência não representa os valores da nossa polícia", postou.

 

 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a mulher foi encaminhada pra uma unidade de saúde de Guarapari.

A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar divulgou uma nota em que diz que o policial "agiu em legítima defesa, uma vez que ele foi atacado e mordido pela agressora."

A nota diz ainda que a mulher "reagiu à abordagem dos militares de forma agressiva, desferindo uma mordida em um dos nossos policiais presente na ocorrência. Diante da resistência da envolvida, os militares em legítima defesa, de forma mais enérgica, imobilizaram a mulher. De acordo com o pai da mulher que foi imobilizada, a ação dos policiais não foi condenável, e ele não vê excesso no modo como a abordagem foi feita".