Um confronto com armas de fogo e granadas matou nesta sexta-feira 29 detentos na cadeia de uma delegacia da cidade venezuelana de Acarigua, no estado de Portuguesa, confirmaram as autoridades.
 

A intervenção das Forças de Ações Especiais da Polícia Nacional (FAES) para controlar uma "tentativa de fuga em massa" terminou "com 29 pessoas falecidas dentro da população penal", disse o secretário de Segurança Cidadã de Portuguesa, Oscar Valero.
 

Segundo o funcionário, os detentos receberam os agentes com "uma chuva de balas" e detonaram três granadas, que feriram 19 funcionários policiais.
 

Carlos Nieto, diretor da ONG Uma Janela para a Liberdade, revelou que os confrontos ocorreram quando um comando das FAES entrou para resgatar visitantes que tinham sido feitos reféns na quinta-feira pelo líder do presídio.
 

"Esta manhã enviaram o FAES e houve um enfrentamento. Os detentos tinham armas, atiraram nos policiais. Aparentemente, (os presos) também explodiram duas granadas", destacou o ativista.
 

Na quinta-feira circulou um vídeo nas redes sociais no qual um detento com uma pistola ameaçava duas mulheres: "é a nossa vida e a das visitas que estão aqui; estamos com os visitantes".
 

"Não tentem entrar porque estou disposto a morrer. Aqui queremos a paz", advertiu o homem, que parecia segurar também duas granadas.
 

Nieto revelou que os detentos exigiam "comida e transferência para outras prisões", além de denunciarem "abusos" dos policiais.
 

O Ministério de Assuntos Penais não costuma informar sobre estes incidentes, afirmando que centros de detenção preventiva como este não estão sob seus cuidados.