Uma situação inusitada chama a atenção no complexo penitenciário Agrupación Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, onde está detido o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho. Na próxima segunda-feira, tem início o campeonato interno de futsal, e há expectativa de ter o astro entre os espectadores do torneio.

 

 

 

- A gente não espera que o Ronaldinho participe, mas gostaríamos que ele assistisse - comentou o comissário Blas Vera, responsável pela administração da penitenciária de segurança máxima.

 

 

O campeonato interno do presídio costuma acontecer geralmente a cada seis meses. O torneio já estava previsto antes da detenção de Ronaldinho. São 194 presos distribuídos em 10 times. Policiais não jogam.

Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão Assis dividem uma cela dormitório no complexo penitenciário. Eles estão no mesmo setor de outros presos famosos: Ramón González Daher, ex-presidente da Associação Paraguaia de Futebol, acusado de lavagem de dinheiro, e o deputado Miguel Cuevas, processado por enriquecimento lícito e tráfico de influência.

 

Entenda o caso

O ex-astro do Barcelona e da seleção brasileira Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis foram detidos pela polícia do Paraguai na noite desta quarta-feira sob acusação de ter entrado no país usando supostos passaportes falsos.

Euclides Acevedo, ministro do Interior do Paraguai, informou que investigadores entraram na suíte presidencial do Hotel Yacht y Golf Club, onde Ronaldinho estava hospedado, e encontraram dois passaportes adulterados. Um estava em nome do ex-jogador e o outro no do irmão.

Ronaldinho chegou ao Paraguai na quarta-feira para o lançamento do seu livro "Gênio da vida" e participaria do lançamento de um programa social destinado a crianças organizado pela Fundação Fraternidade Angelical.

Ronaldinho Gaúcho responsabilizou o empresário Wilmondes Sousa Lira, de 45 anos, que o representa no país vizinho, por portar o documento adulterado. Tanto o craque quanto o irmão e agente dele, Ronaldo de Assis Moreira, foram levados pelos agentes.