Acusado de invadir uma igreja no Paraná, o vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) tem encontro marcado com papa Francisco em setembro. Freitas pode ter o mandato cassado em julgamento na Câmara nesta sexta-feira (5/8) por liderar um protesto em uma igreja católica no início de fevereiro.

Freitas virou alvo de investigação após ter liderado o protesto na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Em abril, a Arquidiocese de Curitiba se manifestou contra a cassação do petista. Agora, o caso do vereador pode ficar conhecido internacionalmente após convite para encontrar o sumo pontífice em um evento.

O evento trata sobre a obra “Economia de Francisco”, que une economistas e líderes para uma nova visão de economia. “Por uma coincidência da vida, o convite veio justamente no momento em que estou sendo cassado por entrar na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e clamar pelas vidas negras desvalorizadas”, diz Freitas.

O vereador acredita que o encontro com o pontífice deve influenciar a decisão dos vereadores da Câmara de Curitiba. “Todos terão a oportunidade de ouvir a voz maior da Igreja”, ressalta.

Protesto motivou a cassação

Freitas virou alvo de investigação após ter liderado um protesto na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. O ato terminou com a entrada dos manifestantes na igreja, no bairro São Francisco, e teve repercussão nacional.

Petista e militantes apontam “racismo” e “perseguição” por parte de outros vereadores, tendo em vista que o padre da igreja e a Arquidiocese de Curitiba pediram, em carta, para que Freitas não fosse cassado.