O governador do Rio, Wilson Witzel, durante a apresentação da expansão do programa Segurança Presente à Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu, nesta sexta-feira, fez um comentário que causou polêmica. Ao falar sobre as imagens de homens fortemente armados transitando livremente pela Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio, o chefe do executivo estadual desabafou que em outros lugares do mundo haveria autorização para explodi-los.

 

— Na vida não tem atalho. É muito estudo, e muito trabalho. Agora, o vagabundo, aquele que é bandido, quer atalho. Aí, nós, que somos cidadãos, não vamos aceitar isso. A nossa Polícia Militar não quer matar, mas não podemos permitir cenas como aquela que nós vimos na Cidade de Deus. Se fosse com autorização da ONU, em outros lugares do mundo, nós teríamos autorização para mandar um míssil naquele local e explodir aquelas pessoas — afirmou e, em sequência, foi aplaudido pelos presentes.

 

Em seguida, ele concluiu sua fala, e amenizou seu discurso.

 

— Nós estamos vivendo um estado de terrorismo, não no Estado do Rio como um todo, mas nas comunidades em que eles (traficantes) se infiltram. Não é a comunidade que faz o sujeito ser terrorista, porque lá na Cidade de Deus, lá na Rocinha, tem gente decente, que trabalha, que estuda.