Um grupo terrorista com ramificação no Brasil planeja matar o presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

A informação é da revista Veja, que traz uma entrevista com um dos líderes da Sociedade Secreta Silvestre (SSS), identificado como Anhangá, detalhando que “um ataque a Jair Bolsonaro será sempre uma possibilidade latente” para o grupo.

De acordo com a reportagem, a SSS é um braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), uma organização internacional que se diz ecoextremista e é investigada por promover ataques a políticos e empresários em vários países. 

O grupo já teria organizado dois ataques à bomba em Brasília e planejou matar o presidente no dia da posse, mas o esquema de segurança montado pelo Exército fez com que ele recuasse.

“A finalidade máxima seriam disparos contra Bolsonaro ou sua família que desfilaria, seus filhos, sua esposa, o núcleo, mas sabemos que isso dificilmente aconteceria, mas essa era a finalidade. Não sabíamos se teríamos campo de visão para isso”, detalha o homem identificado como Anhangá sobre o uso de uma arma e explosivos em extintores de incêndio, que fazia parte do plano contra o presidente no dia 1º de janeiro.

 

Bomba na posse


Dias antes da posse, conta a revista Veja, a SSS colocou uma bomba em frente a uma igreja católica a 50 quilômetros do Palácio do Planalto, mas não explodiu por falha no detonador.

Anhangá também deu detalhes do porquê que Bolsonaro é alvo da sociedade secreta. “As motivações carecem de justificativas porque são óbvias. Bolsonaro e sua administração tem declarado guerra ao meio ambiente, a Amazônia especialmente, tem feito de órgãos que teoricamente deveriam proteger a natureza catapultas para negócios danosos, facilitadores de exploração mineira, madeireira, caças, agropecuária, etc. E isso de maneira intensa e explícita. Proposital. É um negacionista da catástrofe climática”, argumentou.

Questionado pela revista se ainda avaliavam fazer um ataque contra o presidente, o líder respondeu que sim.

“Um ataque a Jair Bolsonaro será sempre uma possibilidade latente. ITS-México feriu uma senadora mexicana com um livro-bomba, se não estou equivocado. ITS-Chile por pouco não mata o presidente de uma das maiores estatais do país com um pacote-bomba há dois meses, mais ou menos. Estas pessoas do alto escalão não são intocáveis, só é preciso saber das vulnerabilidades. As pessoas pensam que estamos parados, mas estudamos semanalmente nossos alvos, e tentamos sempre adquirir explosivos e armas mais potentes. Se a oportunidade bate em nossa porta Bolsonaro acabará como Luis Donaldo Colosio (político mexicano, morto em atentado em 1994)”, disse.


Investigação


A Polícia Federal já investiga a Sociedade Secreta Silvestre. Em dezembro do ano passado, a PF passou a investigar com mais intensidade grupos terroristas, após uma ameaça contra o presidente. 

Na entrevista, contudo, Anhangá provoca: “(Eles) são incompetentes (…). Não somos meros amadores, dominamos técnicas de segurança, de engenharia, de comportamento social. (…) Discutimos internamente com membros de outros países”.

Com informações de Veja