Considerada uma parlamentar promissora da bancada evangélica no início do mandato, a deputada Flordelis (PSD-RJ) voltou a atuar na Câmara de maneira discreta depois de submergir em meio às investigações da morte de seu marido, em junho.

 

O pastor Anderson do Carmo foi assassinado a tiros na garagem de casa em Pendotiba, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.

 

Deputada de primeiro mandato, Flordelis era um dos novos nomes fortes da Frente Parlamentar Evangélica na 56ª Legislatura, afirmaram seus pares à reportagem.

 

Ela chegou a colocar sua candidatura para concorrer à presidência da bancada, uma das principais aliadas ideológicas de Jair Bolsonaro no Congresso, com 203 parlamentares.

 

Não subiu ao comando dos evangélicos -desistiu da candidatura em prol de Silas Câmara (Republicanos-AM)-, mas emplacou uma das vice-presidências.

 

Mãe de 55 filhos, sendo 51 adotivos e quatro biológicos, foi aclamada por colegas no plenário após discurso sobre adoção, em maio. O clima mudou depois do dia 16 de junho, quando seu marido, Anderson -que os colegas de bancada ouvidos afirmam em uníssono ter sido, até então, o comandante do mandato da mulher nos bastidores- foi morto.

 

Nos meses seguintes, a deputada submergiu. Voltou ao plenário da Casa em julho, quase um mês depois do crime, quando o desenrolar do caso já havia resvalado em sua história de conto de fadas.