Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, se manifestou através da ONG Sociedade Viva Cazuza contra o uso de músicas de seu filho em manifestações pró-Bolsonaro.

 

Nas últimas semanas, atos de apoiadores de Jair Bolsonaro, que têm contado com a participação do próprio presidente, contaram com a música “Brasil”, de Cazuza em parceria com George Israel e Nilo Romero, como uma espécie de “música tema” dos protestos. Trata-se da composição com os versos “Brasil, mostra a tua cara/Quero ver quem paga/Pra gente ficar assim”.

 

Nesses atos pró-Bolsonaro, os manifestantes têm atentado contra a democracia ao pedirem o fechamento de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, e também por uma intervenção militar.

 

“Com base nas prerrogativas dadas pelo artigo 29 da Lei de Direitos do Autor (Lei 9610/98), a Viva Cazuza desde logo torna pública a proibição da execução de qualquer obra ou interpretação de Cazuza em qualquer evento e/ou manifestação dessa natureza, ficando qualquer um que desrespeite esta proibição sujeito à aplicação das sanções civis e penais cabíveis em virtude de violação de direitos autorais. Apoiamos a democracia e não atitudes violentas”, diz trecho da nota divulgada na sexta-feira (8) pela Viva Cazuza, e que é assinada pela mãe de Cazuza e pelos compositores George Israel e Nilo Romero.

 

Na nota, a ONG faz ainda uma defesa das medidas de isolamento social, algo que o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores se colocam contra.

 

“Seguimos as orientações da OMS que recomenda que a população fique em casa, em isolamento, pensando no bem de todos, sendo solidários e trabalhando para diminuição do sofrimento e privação dos mais vulneráveis”, diz o texto.