O presidente Jair Bolsonaro e dois dos filhos, o vereador no Rio de Janeiro Carlos e o senador Flávio, foram vítimas de uma fraude estimada em cerca de R$ 290 mil, envolvendo compras em seus cartões de crédito efetivadas na gigante do varejo chilena Falabella.com. O golpe aconteceu no início de junho, logo após hackers que se identificaram como pertencentes ao grupo Anonymous Brasil terem vazado dados pessoais do clã Bolsonaro, de aliados e de ministros.

O órgão de fiscalização fazendária da região Centro-Norte do Chile denunciou 26 pessoas pelas falcatruas. 

Um alto executivo da Falabella afirmou à imprensa chilena que o golpe teria atingido o valor de 42 milhões de pesos chilenos, o que representa R$ 290 mil na conversão atual, e citou compras como celulares, roupas, um colchão e uma guitarra elétrica. Alegando sigilo, o órgão fiscalizador não confirmou os itens que foram comprados nos cartões de Carlos, Flávio e Jair Bolsonaro.

Na esfera administrativa, o caso foi remetido para a seção de alta complexidade do órgão de fiscalização do Chile. Também há uma ordem de investigação para que a Polícia Cibernética faça as apurações no âmbito criminal. As diligências já começaram.

Os envolvidos no crime cibernético que tem como vítimas o presidente brasileiro e os filhos dele responderão de acordo com nova norma do Código Penal Chileno. A lei de crimes que envolvem uso fraudulento de cartões foi modificada recentemente no país, com aumento das penas previstas.

A fraude teria sido praticada nos dias 2 e 3 de junho, após a entrada em vigor da nova regra. Com isso, se condenados, os denunciados podem receber penas que vão de 541 dias a 5 anos de prisão, além de multa equivalente ao triplo do valor fraudado.