Definitivamente a Suprema Corte tem passado uma imagem de total descrédito a população. Parcialidade. É o que temos visto dia após dia. A cena de Gilmar Mendes chorando ao elogiar atuação de Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, no caso da suspeição do ex-juiz Sergio Moro foi de estarrecer.

 

 

 

Isso aconteceu pouco antes de o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) declarar o ex-juiz Sergio Moro suspeito na condução do processo contra o ex-presidente Lula na Lava Jato.

 

 

 

 

Ao falar sobre o caso, com uma arrogância usual, foi como se Mendes tivesse tirado sua toga de magistrado, pois foi totalmente tendencioso nos comentários repletos de elogios ao advogado de Lula.

 

 

 

 

“Sem dúvida nenhuma vimos um advogado que nunca se cansou em trazer questões ao tribunal, muitas vezes sendo até censurado, incompreendido”, disse o ministro.

 

 

 

Durante a homenagem, ele chegou ao ponto de se emocionar e chorar, algo que nunca tinha visto acontecer antes no que se refere ao STF. 

 

 

 

 

Assim, quando assisti ao vídeo, não consegui pensar outra coisa a não ser que o direito imparcial, de querer fazer justiça, foi a óbito no nosso país.

 

 

 

 

Descrédito do judiciário

 

 

 

 

As instituições brasileiras não estão mais sendo levadas a sério por termos que “engolir” comportamentos como esses.

 

 

 

 

Não dá para julgar isso normal, uma vez que o STF deveria apenas ser guardião da Constituição, e não de interesses de outros ou pessoais dos seus integrantes.

 

 

 

 

É claro que não são todos os membros que têm ações politicamente tendenciosas. Mas, no caso de Mendes, ele deixa claro quais são seus traços partidários, ou seja, quem ele literalmente defende. E não preciso nem citar quem são essas pessoas ou partido aqui. Você já sabe. 

 

 

 

 

Essa clara identificação pessoal do ministro Gilmar Mendes com certas alas políticas nos faz refletir a respeito da verdadeira intenção dos seus argumentos e votos.

 

 

 



Então, se Moro, como acusam, de fato influenciou a Lava Jato para prender bandidos, Gilmar Mendes influencia o quê exatamente, ao chorar pelo que chamou de boa atuação do advogado de Lula? Para mim, trouxe a nítida impressão de que o condenado, no caso, Lula, era um mártir.

 

 

 

 

O país precisa de mais isenção

 

 



Mas, pera lá. O Supremo Tribunal Federal não teria que ser isento de influências políticas, assim como o jornalismo?

 

 

 

No que se refere ao STF, há diversas decisões que têm sido tomadas nos últimos tempos que estão sendo duramente questionadas pelo povo, por especialistas em Direito Constitucional e, em alguns casos, até por membros da própria Corte.

 

 

 

 

Não é demérito dizer que, por todas essas evidências, a atitude do ministro Gilmar Mendes coloca em xeque a credibilidade de todo STF e traz a tona a necessidade de se discutir urgentemente sobre ética jurídica. Afinal de contas, Supremas Cortes não deveriam apenas proteger a Constituição e ser instrumentos de defesa dos direitos fundamentais e da democracia?

 

 

 

 

Só que não é o que temos visto… Elas estão mais para órgãos políticos, onde alguns de seus membros tendem a se posicionar em favor dos grupos partidários que os colocaram lá.

 

 

 

 

Por isso, não há uma resposta pronta para que esse problema tão complexo seja corrigido.

 

 

 

 

Mas, depois de todo esse papelão, no mínimo, o ministro Gilmar Mendes deveria ser convocado para prestar esclarecimentos sobre sua conduta nada imparcial.

 

 

 

 

Não podemos aceitar que isso se repita.