O deputado bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) defendeu que uma professora fosse colocada em um “paredão” de fuzilamento por usar a imagem de Jesus Cristo em uma prova escolar. As declarações foram dadas nesta quarta-feira (1) na Comissão de Direitos Humanos e Minoria, da Câmara dos Deputados.

Mauro apontou na fala que o ator Mário Gomes teria denunciado uma professora por usar meme em uma prova feito com a obra “Cristo Crucificado”, do artista espanhol Diego Velásquez, no qual foi escrito sobre a imagem: “Bandido bom é bandido morto”.

 

O ator, que teria um filho na turma da professora que teria usado o meme, abriu um boletim de ocorrência contra a docente por intolerância religiosa. Na comissão de Direitos Humanos, o parlamentar sugeriu colocar a docente em um “paredão” de fuzilamento, forma de execução usada durante a guerra.

“Esta jumenta empoderada e comunista deveria ter sido colocada em um tribunal, num paredão, para que ela não levasse esse seu entendimento para a nossa juventude, que está em formação de caráter. Por isso, eu quero dizer aqui nesta Comissão de Direitos Humanos e Minoria que nós parássemos de ver o direito de minoria. Que nós nunca deixemos de ver o direito da maioria dos brasileiros que não quer esses valores errados”, bradou o deputado.

Durante a sua fala, o parlamentar também criticou colegas e os acusou, sem provas, de serem a favor de “tratar de ideologia de gênero para ensinar sexo para criança na escola” e ainda defendeu o armamento da população, alegando, sem trazer dados, que “a maioria brasileira é a favor”.

“Brasileiros que querem, sim, que todos católicos, protestantes e todas as religiões possam ter um Deus, acreditar em um Deus, e saber que Jesus Cristo vem nessa terra para salvar a humanidade e se ela não acredita em um Deus, que ela guarde para si essa simples e infeliz posição”, concluiu o político, exaltado, em meio à reclamação de pouquíssimos colegas de Casa”.

Éder Mauro acumula polêmica na política e já foi denunciado por agredir uma servidora transexual. Na época, o parlamentar afirmou que a mulher estaria se ‘vitimizando’.