Nesta sexta-feira (17), a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública confirmou que dois dos operadores de drone envolvidos na ocorrência policial registrada durante o ato pró-Lula em Uberlândia nesta semana, realizado no Centro Universitário do Triângulo (Unitri) pelo PT, têm passagem anterior pelo sistema prisional, sendo que um deles já foi condenado por estelionato.

Na última quarta (15), durante o ato que marcou o lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil ao governo do estado, Rodrigo Luiz Parreira, Daniel Rodrigues de Oliveira e Charles Wendel Oliveira Souza utilizaram um drone para jogar uma substância química nos participantes do evento. O ato político também contou com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin.

Os três autores da ação foram localizados e presos momentos depois pela Polícia Militar. Conforme a Sejusp, um dos envolvidos, Daniel Rodrigues de Oliveira, já havia permanecido preso por três dias em 2017, entre 1º e 3 de junho, na penitenciária de Uberlândia. O motivo que levou à detenção não foi informado pelas autoridades, diz o Diário de Uberlândia.

O segundo envolvido é Rodrigo Luiz Parreira, que permaneceu detido duas vezes, sendo a primeira por um período de três meses em 2015, e por outros dois meses em 2020, com passagens pelo presídio de Uberlândia e de Tupaciguara. Ainda segundo a Secretaria, Rodrigo também cumpriu prisão domiciliar de maio a agosto de 2020, com uso de tornozeleira eletrônica.

De acordo com uma apuração feita pelo Diário, entre 2014 e 2015, Rodrigo Parreira esteve envolvido com um grupo criminoso condenado por estelionato relacionado a desvio de carga e falsa comunicação de crime. Segundo as investigações, a quadrilha foi denunciada por desviar uma carga de algodão de uma empresa do estado de Mato Grosso.

O terceiro envolvido na ação com drones é Charles Wendel Oliveira Souza. Este não possui registros de passagens pelo sistema prisional. O Diário procurou também a Polícia Militar para apurar se os três possuem outros registros pelo sistema da PM, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.