Em videoconferência com os Chefes dos Poderes ocorrida essa semana, o Governador foi constrangido pela Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público Estadual do Espírito Santo, Luciana Andrade (FOTO).

Após Casagrande falar de cortes no orçamento dos Poderes, a Procuradora-Geral questionou o Governador se ele já havia suspendido as obras da luxuosa Residência Oficial na Praia da Costa e os gastos milionários no estádio Cléber Andrade. 

E alertou que se o Casagrande não cortar na própria carne e não fizer a sua parte, o MP entrará com ações contra o Governo e quem vai julgar é o Tribunal de Justiça. Nesse momento, a Procuradora-Geral do MP Estadual apontou para o Presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Desembargador Ronaldo Gonçalves.

A interpelação da Procuradora se dá em meio às inúmeras acusações de corrupção em contratos emergenciais do Governo, com dispensa de licitação, usando o corona vírus como justificativa. Tendas, álcool em gel, barreiras sanitárias e até Wi Fi foram comprados sem licitação, dentre vários outros itens.

Após uma enxurrada de denúncias nas redes sociais, o governo foi obrigado a recuar de um contrato de R$ 4,4 milhões de reais de tendas, depois de ter defendido com unhas e dentes sua legalidade. O novo contrato foi diminuído para R$ 480 mil reais, uma redução impressionante de 900%.

Esses escândalos podem custar caro literalmente para Casagrande: o Procurador Geral da República, Augusto Aras, pediu a instauração de Inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar suposta corrupção de cinco governadores em contratos emergenciais, feitos sem licitação, usando a pandemia do corona vírus como álibi legal. Os nomes dos investigados serão revelados nos próximos dias. O STJ é o órgão responsável pelo julgamento criminal de governadores, pelo foro privilegiado.