Com 35 anos de jornalismo investigativo, a FOLHAES descobriu toda a armação em curso, que virou um inquérito policialesco, gestado no seio da Procuradoria-Geral de Justiça e da Chefia de Polícia Civil. 

A OPERAÇÃO se chama "YELLOW PRESS", em alusão ao termo pejorativo norte-americano que significa em português "imprensa marrom". O nome da operação foi escolhido para submeter seus alvos à execração pública.

É o maior atentado contra a liberdade de imprensa e de expressão jamais visto na história no Espírito Santo. Haverá quebra de sigilos, buscas e apreensões e prisões ilegais do editor-chefe Jackson Rangel, seus familiares, jornalistas e funcionários. Tudo para calar, perseguir e inviabilizar o jornal que tem exposto, com independência, indícios em várias frentes da maquina pública estadual.

A operação foi criada nos porões do palácio de governo e nasceu de uma "denúncia anônima" de duas páginas, que os próprios mentores fizeram. Criaram um álibi para não iniciar a operação sem motivo e não parecer mais estranho e anômalo do que já está.

O escárnio é tamanho que, se fosse uma operação séria e com fundamento legal, jamais vazaria pela boca do Secretário de Governo, Tyago Hoffmann, e da Secretária de Comunicação, Flávia Mignone. Eles ainda escolheram o nome da Operação, orquestrada pessoalmente por ambos.
 
A Procuradora-Geral do Ministério Público Estadual, Luciana Andrade, recebeu a tal "denúncia anônima" pelos Correios e requisitou inquérito policial ao Chefe da Polícia Civil, José Darci Arruda

José Darcy Arruda, Chefe da Policia Civil, parte da trama para calar a FOLHAES

Foi um jogo combinado. Um festival de aberrações técnicas e jurídicas, porque os alvos não têm foro privilegiado, então só um promotor de 1º grau poderia requisitar inquérito. Isso se crime houvesse. Criam uma narrativa pífia e vergonhosa.
 
E qual é o crime da FOLHAES para ser alvo dessa Operação? Criticar e fiscalizar o Governo? Não aceitar sua sedução? A FOLHAES não praticou atos antidemocráticos, não incitou violência contra pessoas ou autoridades, não pediu fechamento de instituições, não atacou o Estado Democrático de Direito. 

A FOLHAES denunciou corrupção e pediu investigações sérias e isentas. A FOLHAES também denunciou omissões e contradições das cúpulas do MP-ES e da PC-ES. Isso incomodou. E vai continuar nessa toada, com a mesma contundência e espírito crítico que ilustram sua marca e história.
 
A ausência de crime é tão gritante que o inquérito está em uma delegacia de combate à corrupção, que em nada se relaciona com crimes de denunciação caluniosa. Porque não tem sequer enquadramento legal. Assim, se cria uma tatuagem de corrupção e organização criminosa nos alvos perante a opinião pública.
 
Além disso, a Procuradora-Geral do MPES joga contra sua própria Instituição, inibindo denúncias contra o Governo do PSB ao pedir na OPERAÇÃO YELLOW PRESS uma agressiva apuração de crime inexistentes contra a FOLHAES.

Ação histriônica visa inibir a FOLHAES, intimidar, levar ao conhecimento do Ministério Público, a parte séria e boa da Instituição, informações de possíveis ilícitos praticados por poderes políticos vigentes. Promotores de justiça que receberam as mesmas denúncias da FOLHAES entenderam que não houve denunciação caluniosa.

Amanhã, 12, o jornal publica o número do inquérito com nota cartorial registrada pelo jornalista Jackson Rangel. "Por criticar, opinar, investigar e denuncia estão nos considerando inimigo numero 1 do Estado. Contudo, a FOLHAES não se renderá a esse crime estatal contra o direito de informar. Permanecerá firme na luta contra a corrupção praticada pelos poderes políticos e econômicos", resumiu.