A OPERAÇÃO YELLOW PRESS está sendo preparada no inquérito policial nº 0022512-08.2020.8.08.0024. É conduzida pelo Delegado Janderson Birchner Lube (assinatura), da Superintendência de Inteligência e Ações Estratégias – Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado – Delegacia de Combate à Corrupção.
Com 35 anos de jornalismo investigativo, a FOLHA DO ES se antecipou e registrou em Cartório todos as informações, por meio de uma declaração de instrumento público perante tabelião.
+ Governo do PSB prepara operação policialesca para calar a FOLHAES
LEIA A ÍNTEGRA DA DECLARAÇÃO EM CARTÓRIO - CLIQUE AQUI
A operação foi montada nos porões do Governo do PSB, orquestrada pelo Secretário de Governo do PSB Tyago Hoffmann e da Secretária de Comunicação Flávia Mignone. Já celebravam o ataque iminente ao jornal. Por falarem demais, a operação vazou. Se fosse séria, isenta e fundamentada, não vazaria.
Até o nome da operação foi escolhido por eles para ridicularizar seus alvos: "OPERAÇÃO YELLOW PRESS", em inglês significa "imprensa marrom".
O inquérito é uma obra fascista estarrecedora, jamais vista em tempos de imprensa livre e mundo civilizado. Perseguições a jornalistas independentes só ocorrem em regimes totalitários como na Coréia do Norte, Rússia, Venezuela e Irã.
O registro em Cartório serve como alerta à sociedade civil e autoridades dos fatos gravíssimos que ocorrerão contra o jornal, em virtude de inúmeras reportagens investigativas apontando corrupção, desmandos e abusos no Governo do PSB no Espírito Santo.
A operação vai atingir também o editor-chefe Jackson Rangel, seus familiares, jornalistas e outros funcionários. Serão feitas medidas de quebra do sigilo fiscal, telefônico e bancário. Posteriormente, farão um escândalo público com busca e apreensão e prisões das pessoas.
Isso vai ser usado pelo Governo do PSB para marginalizar e desacreditar a FOLHAES publicamente, além de usar como discurso nas investigações de corrupção abertas por causa de reportagens do jornal.
É uma patente violação a direitos humanos e à liberdade constitucional de imprensa e de expressão, com nítida ruptura do Estado Democrático de Direito. A intenção da quebra de sigilos, por exemplo, representa uma perversa agressão à Constituição, pois o que querem com isso é detectar as fontes constitucionais do veículo, que dão informações e documentos sobre corrupção no ES. Tais fontes são protegidas por sigilo da liberdade de imprensa, conforme norma constitucional expressa (artigo 5º, inciso XIV, da CRFB/88).
A OPERAÇÃO YELLOW PRESS é a comprovação de que o Espírito Santo está andando para trás, porque suas instituições estão rendidas. A Procuradora-Geral de Justiça Luciana Andrade é o Chefe de Polícia Civil José Darcy Arruda se tornaram órgãos do governo do PSB e não de Estado. Por isso, se prestam a uma aberração dessa natureza que vai manchar suas biografias, em especial da Procuradora.
A FOLHAES está sendo vítima de LAWFARE: o uso distorcido e abusivo da lei e das instituições para aniquilar um alvo que o sistema de poder entende como incômodo ou obstáculo a sua perpetuação. É assim que o Governo do PSB enxerga a FOLHA, que é alvo de inquérito sem crime, produzido diretamente pelas cúpulas do MP-ES e da Polícia Civil. Estas jamais poderiam agir diretamente contra pessoas comuns, sem foro privilegiado. Mesmo assim o fizeram, para ter controle do inquérito da operação que será deflagrada. Estão prestando serviços sujos, em cumplicidade com os interesses obscuros do governo do PSB.
Mas qual é o crime da FOLHA para ser alvo dessa Operação? Criticar e fiscalizar o Governo? Não aceitar sua sedução? A FOLHA não praticou atos antidemocráticos, não incitou violência contra pessoas ou autoridades, não pediu fechamento de instituições, não atacou o Estado Democrático de Direito. A FOLHA denunciou corrupção e pediu investigações sérias e isentas.
A ausência de crime se evidencia pelo fato do inquérito estar em uma delegacia de combate à corrupção, que nada se relaciona com crimes de denunciação caluniosa.
Além disso, a Procuradora-Geral do MPES joga contra sua própria Instituição, inibindo denúncias contra o Governo do PSB ao pedir no âmbito da OPERAÇÃO YELLOW PRESS uma agressiva apuração de crime de denunciação caluniosa contra a FOLHAES, o que vai inibir e intimidar a sociedade de levar ao conhecimento do Ministério Público informações de possíveis ilícitos. Promotores que receberam as mesmas denúncias da FOLHAES entenderam que não houve denunciação caluniosa.
A OPERAÇÃO YELLOW PRESS é tão frágil e carente de argumentos que tenta criminalizar a FOLHAES e seu editor-chefe Jackson Rangel porque respondem a processos privados de crimes contra a honra. Usam essa argumentação para justificar a operação. A falácia e a má-fé são facilmente detectadas quando se verifica em sites dos Tribunais de Justiça no país que inúmeros veículos de renome, adeptos do jornalismo investigativo, respondem a centenas de processos da mesma natureza, em número infinitamente maior, citando-se a FOLHA DE SÃO PAULO, ISTOÉ, VEJA, O GLOBO, REDEGAZETA, dentre outros.
Os denunciados e citados em reportagens investigativas entram com processos privados contra os jornais. Isso é sintoma de um jornalismo investigativo independente e combativo, ou seja, um certificado de que essa atividade de interesse público está fiscalizando e denunciando. Se fosse mera coluna social ou outra espécie de milícia digital chapa branca financiada com dinheiro público, como existe no Espírito Santo, não haveria processos, só sombra e água fresca.
A FOLHAES não vai se calar nem se intimidar com abusos, truculências e delinquências de uma operação policial fascista e descabida. Não vão calar a voz de um dos poucos jornais que criticam e fiscalizam a corrupção no Espírito Santo. A FOLHAES não teme o grito dos maus, mas lamenta o silêncio dos bons.