Os números não mentem, mas os governantes sim. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), torrou R$ 121 milhões em obras emergenciais, sendo cerca de R$ 69 milhões com empresas fora do Estado.
Chama atenção o fato de duas empresas do pequeno município de Castelo, terra natal do governador Renato Casagrande, obterem contratos emergenciais de R$ 15.344,000 milhões, conforme se observa nos itens 19 e 22 da planilha do DER abaixo ( Brucke Engenharia Ltda e Latec Engenharia Ltda).
Paralelo a essa gastança, o governado do Estado anunciou hoje, 16, lockdown, até o dia 31. Interessante que o Chefe do Executivo quer evitar de pronunciar "bloqueio total", preferindo a expressão quarentena, violando o protocolo técnico por motivo de marketing político.
Os capixabas, em especial setores produtivos, estão revoltados com os decretos e, principalmente, porque o governador do Estado trouxe para o Espírito Santo a nova cepa do vírus, conhecida como P1, importada de Manaus-AM, através de 30 pacientes no mês de janeiro. O mapa da infecção no território do ES está se avermelhando, precificado já em 17 Municípios de alto risco.
Muitas denúncias foram feitas a vários órgãos fiscalizatórios sobre aplicação dos recursos advindos do Governo Federal. O Ministério Público Federal abriu investigação e requereu de cada governador do País o envio de relatório sobre as medidas objetivas tomadas em combate ao coronavírus, como edificação de hospital de campanha. No caso, o ES não construiu nenhum, mas fez derrama de recursos sem licitação em benefício de vários outros setores considerados não essenciais.
VEJA A PLANILHA DE OBRAS NÃO EMERGENCIAIS CONTRATADA PELO DER COM DESTAQUE PARA AS EMPRESAS DE FORA DO ESTADO:
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O presidente da Assembleia Legislativa do ES, Erick Musso (Republicanos), já havia proposto ao governador aplicação desses recursos de obras não essenciais e lançar mão do fundo soberano de royalties para compra de vacinas, combater o COVID e preservar vidas.